29 março, 2024

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Dúvidas sobre o desconfinamento aumentam ante uma pandemia que não dá trégua

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Vários países adotaram medidas de desconfinamento ante a necessidade de reativar suas economias, apesar do grande receio de uma segunda onda de infecções, depois de mais de 279.000 mortes foram provocadas no mundo pela pandemia, que não cede nos Estados Unidos ou no Brasil.

Neste sábado, o presidente russo Vladimir Putin celebrou em Moscou o 75º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial e homenageou as vítimas e os veteranos. Sua imagem solitária, depositando rosas no túmulo do soldado desconhecido, reflete perfeitamente a crise que afeta o planeta.

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“Sabemos e acreditamos firmemente que somos invencíveis quando estamos unidos”, afirmou Putin em um breve discurso.

A Rússia registra pouco mais de 10.000 novos contágios por dia e aumentou as medidas de prevenção. O país tem agora 198.676 casos detectados e 1.827 mortes.

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Em outros países, a asfixia econômica obriga a adoção de um retorno progressivo, mas extremamente cauteloso, à normalidade.

Na China, onde a pandemia surgiu em dezembro, o governo autorizou, com várias condições, a reabertura de centros comerciais, restaurantes, cinemas, instalações esportivas, locais turísticos e bibliotecas.

Na Europa, o continente mais afetado pela doença, com mais 154.000 mortos, países como Alemanha, Itália, Espanha e França começam a sair do confinamento, com muitas perguntas e medos.

Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) defendeu uma grande prudência porque existe um elevado risco de uma segunda onda de contágios, caso as regras de higiene e distanciamento social não sejam respeitadas.

Vírus “à espreita”

Na Espanha, com exceção de Madri e Barcelona, as zonas mais afetadas, os cidadãos poderão se reunir a partir de segunda-feira em grupos de até 10 pessoas, permanecer em terraços com capacidade limitada ou visitar lojas sem a necessidade de agendamento.

O governo também permitirá enterros e velórios.

“Agora, a disciplina social é mais necessária do que nunca”, advertiu o ministro da Saúde, Salvador Illa.

Neste sábado, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, pediu aos cidadãos “prudência” porque o novo coronavírus está “à espreita”.

A Espanha, com mais de 26.000 mortes, prevê um desconfinamento por fases até o fim de junho. O balanço diário de mortes está em queda e neste sábado foram registrados 179 óbitos.

Na Alemanha, onde a flexibilização do confinamento já começou, o campeonato de futebol (Bundesliga) vai recomeçar e há uma pressão crescente para que o país reabra as fronteiras, ao menos com a França, onde a progressiva volta à normalidade começará na próxima semana.

A França, que registra 26.300 mortes, abrirá parcialmente as escolas na segunda-feira, um quebra-cabeça para as autoridades educacionais e que provoca inquietação nas famílias.

No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson discursará aos cidadãos no domingo e pode anunciar uma leve flexibilização do confinamento, mas não são aguardados grandes anúncios no país, que registra mais de 31.000 mortes, o balanço mais trágico da Europa e o segundo mais grave do mundo, depois dos Estados Unidos.

“Seremos muito, muito prudentes quando começarmos a suspender as restrições, porque os dados que temos a cada dia mostram que não estamos livres”, afirmou o ministro do Meio Ambiente, George Eustice.

Ao mesmo tempo, o prefeito de Vilna deseja transformar a capital da Lituânia, no leste da Europa, em um “grande café a céu aberto”, com a concessão gratuita de 300 permissões para os serviço de restaurantes em terraços, quase 100 a mais que nos últimos anos.

Tratamentos

Neste sábado, Dia da Europa, os 27 chefes de Estado e de Governo da UE apelaram à solidariedade para que o bloco saia mais forte da crise do coronavírus, apesar das dificuldades para formular uma resposta comum à calamidade.

“Nosso objetivo é que a Europa saia mais forte da pandemia e da crise da COVID-19”, pediu em um vídeo conjunto a chanceler alemã Angela Merkel.

A pandemia afeta em particular as classes mais desfavorecidas da população, também em países onde não se costuma falar de pobreza, como a Suíça.

“Não há trabalho. Nada”, lamentou em Genebra Miguel Martínez, um colombiano de 27 anos, sem documentos, em uma fila de centenas de pessoas para receber alimentos distribuídos por uma associação. “Não tenho o que comer”, disse o jovem, que trabalhava em um restaurante.

Nos Estados Unidos, país mais afetado do mundo pela COVID-19, o total de mortes supera 77.000 vítimas fatais, mas vários estados começaram a flexibilizar seu confinamento.

Mais de quatro meses depois do surgimento do novo coronavírus, nenhum tratamento demonstrou eficácia até o momento, mas começam a aparecer alguns dados positivos entre os mais de 800 testes clínicos em curso em países como China, Estados Unidos ou França.

Vários fármacos estão sendo testados, como o remdesivir, um antiviral experimental contra o ebola que consegue bloquear a replicação de outros vírus, incluindo o RNA, que inclui os coronavírus. A eficácia contra a COVID-19, no entanto, ainda precisa ser demonstrada.

Também estão sendo organizados testes com a hidroxicloroquina, um derivado da cloroquina, assim como os tratamentos usados em pacientes da aids. Alguns cientistas avaliam a eficácia das transfusões de plasma sanguíneo de pacientes recuperados.

Na China, o vice-ministro da Saúde, Li Bin, admitiu neste sábado que a luta “contra a COVID-19 tem sido um grande teste” para o sistema de saúde do país e revelou “lacunas em seus sistemas e mecanismos de prevenção e de controle de grandes epidemias e em seu sistema de saúde pública”.

Na América Latina, o Brasil é o país mais afetado pela pandemia com quase 156.000 casos e mais de 10.000 mortes.

Os dados são questionados por alguns cientistas, que temem um balanço real de casos até 15 vezes superior ao oficial, pela incapacidade do país de realizar testes generalizados.

Enquanto o mundo se concentra na batalha contra a COVID-19, o desmatamento na Amazônia brasileira aumenta e pode quebrar o triste registro do ano passado. Nos quatro primeiros meses de 2020 o país registrou o desmatamento de 1.202 km2 de floresta, o dobro da superfície de uma cidade como Santiago do Chile, segundo dados oficiais. O número é 55% superior ao registrado no mesmo período de 2019.

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) prevê que a pandemia terá repercussões devastadoras no mercado de trabalho da América Latina e afetará os mais pobres, aumentando a desigualdade na região.

O estudo, realizado em coordenação com Universidade de Cornell nos Estados Unidos em 17 países entre 27 de março e 30 de abril, apresenta dados preocupantes de desemprego, fechamento de negócios familiares, interrupção do envio de remessas familiares do exterior ou desnutrição infantil.

O presidente do Panamá, Laurentino Cortizo, decidiu pedir ao colega americano Donald Trump apoio para a compra de respiradores, testes PCR e exames sorológicas. O país registrava até sexta-feira 231 mortes e mais de 8.000 contágios.

Fonte: Yahoo!

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