23 abril, 2024

Últimas:

Dupla se choca e morre em salto de paraquedas, no interior de SP

Anúncios

Gustavo Garcez (e) e Marcos Padilha morreram após salto em Boituva (Foto: Divulgação/BrDT)

A Polícia Civil investiga se os dois paraquedistas que morreram após um salto na tarde desta quarta-feira (29), em Boituva (SP), treinavam para uma apresentação que seria realizada na abertura dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, em 5 de agosto. A informação foi divulgada pelo delegado Carlos Antônio Nunes, que investiga o acidente. “Os atletas que estavam no local disseram que o treinamento era para uma cerimônia que seria apresentada na abertura dos Jogos. Mas ainda vamos ouvir formalmente as testemunhas”, afirma.

A reportagem do G1 entrou em contato com o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, que negou a informação. “Esse salto não teve nada a ver com a cerimônia dos jogos. Não tem nenhuma apresentação de paraquedismo prevista na cerimônia”, afirmou a assessoria do comitê por telefone.

Anúncios

O G1 também falou com Carmem Pettena, responsável pela organização do evento em Boituva (SP). Ela negou que o salto fosse um treinamento para a abertura dos Jogos Olímpicos. “Era um evento com os melhores atletas do Brasil, o time dos sonhos do Brasil. Estávamos fazendo treinamentos para batermos um recorde em novembro. Foi uma fatalidade e estamos arrasados com o que aconteceu”, afirma.

Um atleta que participou do evento e não quis ser identificado na reportagem disse que o treinamento reunia paraquedistas experientes de várias equipes. O objetivo do salto, composto por cerca de 30 pessoas, era desenhar no ar os anéis olímpicos.

Anúncios

A versão foi confirmada por um membro da família de uma das vítimas. “Ele contou para a gente que ia treinar para fazer os anéis olímpicos na praia de Copacabana durante o show de abertura dos jogos. Ele era um paraquedista renomado e não sabemos o que pode ter acontecido”, afirmou.

O acidente

O avião com os atletas decolou por volta das 16h30, no Centro Nacional de Paraquedismo (CNP), conhecido nacionalmente por praticantes do esporte.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, Gustavo Corrêa Garcez , de 39 anos, e Marcos Guilherme Padilha, de 47, se chocaram no ar. A polícia acredita que um paraquedas tenha se enroscado no outro, provocando a queda dos dois.

Equipes do resgate do Corpo de Bombeiros foram acionados e encontraram um dos paraquedistas insconsciente e o outro já em parada cardiorrespiratória.

As vítimas, que eram de São Paulo, foram para o hospital São Luiz, em Boituva, mas não resistiram aos ferimentos e morreram na unidade hospitalar. Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal de Itapetininga (SP) e já foram liberados para familiares.

Segundo informações da família, o velório do Marcos Padilha será na sexta-feira (1º), a partir das 8h, e a cremação às 12h, em Itapecerica da Serra (SP).  O corpo de Gustavo Corrêa será cremado e velado na capital.

Recordista Sulamericano

O paraquedista Gustavo Correa Garcez foi oito vezes recordista brasileiro e sulamericano de saltos de grandes formações, segundo  Maurício Graiki, responsável técnico da escola que Gustavo trabalhava.

De acordo com Maurício, ele saltava há mais de 15 anos e já foi campeão brasileiro da Copa Montana de Paraquedismo em 2005 e das modalidades 4-way também em 2005 e 2006. “Ele era um paraquedista de alto nível. Um recordista nacional e renomado no Brasil. Ainda estamos tentando entender o que possa ter acontecido, porque foi um acidente com alguém experiente e que tem anos de paraquedismo. Foi uma tragédia”, conta.

Ainda segundo Maurício, ele estava no evento junto com Gustavo, mas não viu o momento do acidente. “Eu estava na câmera, mas não vi o que aconteceu. Fui um dos últimos a pousar e, quando pousei, soube do acidente. Foi um susto muito grande. Além do Gustavo trabalhar comigo, ele era meu amigo pessoal. Uma perda muito grande e estamos muito tristes”, contou em entrevista.

Outro caso

Em fevereiro deste ano outro paraquedista morreu depois de saltar do CNP e se chocar no ar com um colega. Amilton Vieira, de 38 anos, foi encontrado gravemente ferido em uma cabeceira da rodovia Castello Branco (SP-280). Ele foi levado pelos bombeiros ao hospital com parada cardíaca, mas não resistiu e morreu na unidade hospitalar.

Segundo o delegado Carlos Antônio Antunes, o choque entre Vieira e o colega Renê Simenauer, de 41 anos, aconteceu logo após fazerem uma formação de ponta-cabeça, chamada de head down.

Fonte: G1

Últimas

A EMGA obtém financiamento de US$ 15 milhões para o Banco Improsa na Costa Rica

23/04/2024

Anúncios LONDRES, April 23, 2024 (GLOBE NEWSWIRE) — A Emerging Markets Global Advisory LLP (EMGA), em...

Categorias