23 de novembro, 2024

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Duas meninas do interior de SP se afogam após terem os cabelos sugados em piscinas; uma delas morreu

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Um simples banho de piscina terminou em tragédia para duas famílias paulistas na última semana, no interior de São Paulo. No dia 14 de outubro, em Americana, enquanto estava na água, a adolescente Nikaellen Coelho teve os cabelos sugados pelo ralo da piscina e ficou presa. De acordo com os bombeiros, foi por volta das 19h. Segundo o jornal O Liberal, ela teria ficado cerca de 10 minutos sem respirar, até ser retirada por dois vizinhos que ouviram os pedidos de socorro de parentes.

Eles contaram que Nikaellen estava com o cabelo preso e os pés boiando. “A nuca estava colada na parede da piscina. Tentei (tirar) uma vez, não consegui. Na segunda, também não. Eu juntei as duas mãos colocando pressão, foi aí que soltou”, relatou um deles. Assim que a tiraram da água, iniciaram os primeiros socorros. Quando chegaram ao local, os bombeiros encontraram a menina com pulsação. Ela foi socorrida e levada ao hospital. De acordo com a mãe, Receba Coelho, a filha continua internada. “Nikaellen está entubada e estável. Estamos aguardando. No momento, ela está colocando a traquio para que volte mais calma”, disse.

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No mesmo dia, mas em Viradouro, uma menina de 12 anos passou pela mesma situação. Segundo relatos de parentes, ela também teve os cabelos sugados pelo ralo da piscina e ficou presa. Rebecca chegou a ser socorrida com vida. Durante toda a semana, parentes e amigos pediram orações pelas redes sociais. A menina é filha do pastor e cantor evangélico Tales Lopes. Ele chegou a postar frases emocionadas pedindo a recuperação da jovem em seu perfil no Facebook. “Volta Logo, Rebecca. Papai está com saudades de ouvir sua voz”, escreveu. No entanto, a menina não resistiu e acabou morrendo nesta segunda-feira (21).

Rebecca é de Viradouro e Nikaellen de Americana, no interior de SP (Foto: Reprodução)

COMO EVITAR ACIDENTES

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“Infelizmente, quase todos os dias acontecem acidentes em piscinas e muitas vítimas acabam morrendo”, afirma Marcelo Mesquita, secretário executivo da Associação Nacional das Empresas e Profissionais de Piscinas (ANAPP). No entanto, afogamentos pode ser evitados. Joao Marques Junior, coordenador administrativo da ANAPP, explica que a segurança e o bom funcionamento de uma piscina vão muito além do ralo. “Existe uma série de aspectos envolvidos. O primeiro é o projeto técnico da piscina, que deve ser feito de acordo com as normas técnicas, atualizadas no ano passado, e desenvolvido por uma empresa especializada”, diz.

Mas se você comprar ou alugar uma casa que já possua piscina, a orientação é contratar uma empresa especializada para fazer uma vistoria. “Orientamos todos os empreendimentos como hotéis, clubes e residências que atualizem sempre suas piscinas. O balanceamento hidráulico, por exemplo, ajuda a evitar que a sucção dos ralos não seja superior ao permitido”, completa Marcelo.

Confira as recomendações para aumentar a segurança na sua casa:

— todos os ralos da piscina devem ter tampas antiaprisionamento com microfuros que impeçam a retenção de cabelo ou parte do corpo;

— os bocais na beira das piscinas também devem ter tampas, evitando qualquer acidente com sucção;

— ao mergulhar, mantenha distância dos ralos e bocais;

— quanto maior a quantidade de ralos, mais segura a piscina;

— é fundamental ter, fora da piscina, um botão para desligar o bombeamento;

— sempre que possível, utilize a piscina com a bomba desligada;

— instale grades para isolar a área da piscina;

— quando a piscina não tiver sendo usada, coloque capa de proteção.

“Trinta segundos é tempo suficiente para acontecerem acidentes fatais. Nunca deixa uma criança, nem mesmos adultos, sozinhos em uma piscina”, finaliza Marcelo.

Fonte: Crescer

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