Droga K9, que causa ‘efeito zumbi’, é apreendida pela primeira vez em Bauru

A Polícia Civil de Bauru (SP) apreendeu pela primeira vez na cidade a droga K9 — também chamada de “spice” e que provoca um ‘efeito zumbi’ em usuários. A substância foi localizada, na madrugada desta quinta-feira (26), com um homem que portava 370 gramas da substância, além de um tablete de maconha.

De acordo com a Delegacia de Investigações sobre Entorpecente (Dise) da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), o entorpecente era trazido de São Paulo para ser revendido em Bauru.

Durante as apurações, os policiais souberam que o suspeito, de 41 anos, exercia a função dentro de uma facção criminosa de ir à capital paulista buscar a substância e trazê-la para ser revendida na cidade. Enquanto retornava de uma dessas viagens, na madrugada desta quinta-feira, foi abordado por policiais no terminal rodoviário de Bauru.

Ele foi flagrado com as drogas dentro de uma mochila. O suspeito foi conduzido à sede da Deic, onde foi preso em flagrante pelo crime de tráfico de drogas.

Perigos

Os efeitos das drogas K nos corpos das pessoas ainda são uma incógnita, mas os especialistas descrevem alguns sintomas.

• causam dependência
• atinge diversas regiões do corpo
• tem potencial para aumentar a depressão
• aumento da frequência cardíaca
• ataques de raiva e agressividade
• paranoia
• ansiedade
• alucinações
• convulsões
• insuficiência renal
• arritmias cardíacas
• morte

Antes mais restrita aos grandes centros urbanos, as drogas K – conhecidas como K2, K4, K9 e spice – surgiram em laboratórios no início dos anos 2000 e têm como base os canabinoides sintéticos, substâncias que simulam ou têm uma reação muito parecida com o THC, que é o princípio ativo da maconha.

No entanto, o termo “maconha sintética” é errado, segundo especialistas. Nessas drogas, embora o canabinoide feito em laboratório se ligue ao mesmo receptor do cérebro que a maconha, a sua potência é até 100 vezes maior. O Governo de São Paulo diz que os efeitos da droga podem ser piores do que o crack.

Fonte: G1