09 de outubro, 2024

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Donald Trump anuncia que vai taxar produtos do México por causa da imigração ilegal

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na noite desta quinta-feira (30) que vai taxar todos os produtos importados do México em 5% até que o país vizinho elimine ou reduza drasticamente a entrada de imigrantes clandestinos em território norte-americano. A medida começa a valer em 10 de junho.

De acordo com comunicado divulgado pela Casa Branca, essa taxação vai aumentar gradualmente, caso não haja queda na imigração ilegal.

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 Veja:

  • Taxação de 5% a partir de 10 de junho;
  • 15% a partir de 1º de agosto;
  • 20% a partir de 1º de setembro;
  • 25% a partir de 1º de outubro;
  • Permanecer em 25% indefinidamente.
Construção de muro na fronteira dos EUA com o México em El Paso, no Texas — Foto: Jose Luis Gonzalez/Reuters
Construção de muro na fronteira dos EUA com o México em El Paso, no Texas (Foto: Reprodução)

No comunicado, Trump acusa o México de “não tratar de maneira justa” os Estados Unidos. O texto também diz que o governo mexicano tem meios legais de parar “rápida e facilmente” o fluxo de imigrantes rumo ao território norte-americano.

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“Se a crise de imigração ilegal for aliviada com atitudes eficazes tomadas pelo México, as tarifas serão removidas”, promete Trump.

“Se o México falhar em agir, as taxas vão continuar no nível alto [25%], e as empresas localizadas no México podem começar a retornar aos Estados Unidos para fabricar seus bens e produtos. As companhias que se mudarem de volta aos Estados Unidos não vão pagar as tarifas ou serem afetadas de maneira alguma”, explica Trump.

Trump pede apoio do Congresso

O Capitólio, sede do Congresso dos EUA, em Washington DC — Foto: AP Photo/J. Scott Applewhite
O Capitólio, sede do Congresso dos EUA, em Washington DC (Foto: Reprodução)

No comunicado, o presidente dos EUA também pressiona congressistas – inclusive do Partido Democrata, de oposição – a aprovarem mudanças no sistema migratório do país.

“Os democratas no Congresso estão completamente a par desta situação horrível e ainda assim se recusam em ajudar de qualquer maneira”, acusou.

Caso o Congresso aprove mudanças na política migratória, disse Trump, as taxações anunciadas nesta quinta-feira podem ser suavizadas ou mesmo canceladas. As medidas incluiriam o “fechamento de buracos”, que, segundo o presidente, são:

  • Leis sobre asilos
  • Sistema judiciário
  • Política de “capturar e liberar”
  • Loteria de vistos – existente com o Green Card
  • Imigração em cadeia, ou seja, quando pessoas de uma mesma família ou região imigram sucessivamente

Antes de anunciar a taxação ao México, aliados do governo Trump no Congresso deram início aos trâmites para votar o Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA, na sigla em inglês), substituto do Nafta acertado em outubro de 2018.

O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, disse que pretende ver o acordo aprovado até setembro.

Pressão pelo muro

O muro na fronteira entre os EUA e o México é visto em Tijuana, no México — Foto: Shannon Stapleton/Reuters
O muro na fronteira entre os EUA e o México é visto em Tijuana, no México (Foto: Reprodução)

Trump prometeu endurecer a política migratória nos Estados Unidos ainda durante a campanha presidencial de 2016, quando prometeu construir um muro na fronteira com o México – e fazer o país vizinho pagar pela obra.

No ano passado, quando o Partido Democrata conseguiu maioria na Câmara dos Representantes, Trump travou uma batalha política para aprovar recursos destinados à construção do muro. Os oposicionistas se negaram, o Congresso não aprovou orçamento a tempo, e o governo ficou paralisado por mais de um mês.

Como Trump não conseguiu convencer os congressistas a aprovarem o orçamento com a verba destinada ao muro, o presidente declarou emergência nacional, em fevereiro, para garantir o início da obra. A taxação anunciada nesta quinta-feira está entre as prerrogativas dessa declaração emergencial.

A Câmara dos Representantes e o Senado aprovaram uma resolução que revertia a declaração de emergência de Trump, mas o presidente exerceu o poder de veto para manter o status na fronteira.

Fonte: Yahoo!

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