15 de março, 2025

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Dólar vai a R$ 3,21 e acumula queda de mais de 11% no mês

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O dólar fechou em queda pelo 3º dia seguido nesta quinta-feira (30), renovando mínimas em quase 1 ano e acumulando no mês de junho um recuo de mais de 11%, a maior desvalorização mensal em 13 anos.

A moeda dos Estados Unidos terminou o dia em queda de 0,73%, vendida a R$ 3,2133 – menor nível de fechamento desde 21 de julho de 2015 (3,1732 reais). Durante o pregão, a divisa chegou a ser vendida abaixo de R$ 3,20.

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No mês de junho, o dólar recuou 11,05% frente ao real, o maior recuo mensal desde abril de 2003, segundo a Reuters.

Queda de 18,61% no semestre

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No 1º semestre e no acumulado do ano, a moeda tem desvalorização de 18,61%.

“Essa queda do dólar surpreendeu muita gente e parte do mercado quer ver até onde esse movimento tem força para ir”, disse à Reuters o operador da corretora Intercam Glauber Romano.

Operadores acreditam, no entanto, que a moeda norte-americana não deve se afastar muito do patamar atual no curto prazo, seja para cima ou para baixo, destaca a Reuters.

Embora incertezas sobre o futuro do Reino Unido após a opção por deixar a União Europeia (UE) permaneçam, a perspectiva de estímulos no resto do mundo tende a manter as cotações perto das mínimas em quase um ano.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:

Às 9h10, queda de 0,32%, a R$ 3,2267

Às 10h, queda de 0,27%, a R$ 3,2284

Às 11h, queda de 0,83%, a R$ 3,2102

Às 11h56, queda de 1,22%, a R$ 3,1976

Às 13h10, queda de 0,94%, a R$ 3,2064

Às 14h, queda de 1,65%, a R$ 3,1835

Às 15h, queda de 0,75%, a R$ 3,2125

Às 15h40, queda de 1,14%, a R$ 3,20

Às 16h10, queda de 0,62%, a R$ 3,1835

Cenário externo e interno

Os mercados têm sido fortemente influenciados após o Reino Unido decidir na semana passada deixar a União Europeia. O referendo gerou forte mau humor na sexta-feira e na segunda-feira, mas o quadro se inverteu nos dias seguintes.

No Brasil, investidores também disputavam antes da formação da Ptax de junho – taxa calculada ao final de cada mês pelo Banco Central e que serve de parâmetro para vários contratos cambiais. Por isso, operadores costumam brigar por cotações nos últimos dias do mês para deslocar a taxa a patamares mais favoráveis a seus negócios.

A ausência do BC, que não voltou a intervir no câmbio mesmo diante do recuo recente da moeda norte-americana, também contribuía para manter o dólar em patamares baixos, aproximando-se dos R$ 3,20. Muitos operadores esperavam que o BC fosse agir para reverter a queda do dólar, com medo de que o câmbio muito alto tenha impactos sobre as exportações.

“O BC está claramente mais confortável com deixar o dólar seguir seu rumo, o que deixa o mercado mais à vontade para buscar patamares mais baixos”, disse à Reuters o operador de uma corretora nacional.

Fonte: G1

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