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O dólar fechou em queda pelo 3º dia seguido nesta quinta-feira (30), renovando mínimas em quase 1 ano e acumulando no mês de junho um recuo de mais de 11%, a maior desvalorização mensal em 13 anos.
A moeda dos Estados Unidos terminou o dia em queda de 0,73%, vendida a R$ 3,2133 – menor nível de fechamento desde 21 de julho de 2015 (3,1732 reais). Durante o pregão, a divisa chegou a ser vendida abaixo de R$ 3,20.
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No mês de junho, o dólar recuou 11,05% frente ao real, o maior recuo mensal desde abril de 2003, segundo a Reuters.
Queda de 18,61% no semestre
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No 1º semestre e no acumulado do ano, a moeda tem desvalorização de 18,61%.
“Essa queda do dólar surpreendeu muita gente e parte do mercado quer ver até onde esse movimento tem força para ir”, disse à Reuters o operador da corretora Intercam Glauber Romano.
Operadores acreditam, no entanto, que a moeda norte-americana não deve se afastar muito do patamar atual no curto prazo, seja para cima ou para baixo, destaca a Reuters.
Embora incertezas sobre o futuro do Reino Unido após a opção por deixar a União Europeia (UE) permaneçam, a perspectiva de estímulos no resto do mundo tende a manter as cotações perto das mínimas em quase um ano.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h10, queda de 0,32%, a R$ 3,2267
Às 10h, queda de 0,27%, a R$ 3,2284
Às 11h, queda de 0,83%, a R$ 3,2102
Às 11h56, queda de 1,22%, a R$ 3,1976
Às 13h10, queda de 0,94%, a R$ 3,2064
Às 14h, queda de 1,65%, a R$ 3,1835
Às 15h, queda de 0,75%, a R$ 3,2125
Às 15h40, queda de 1,14%, a R$ 3,20
Às 16h10, queda de 0,62%, a R$ 3,1835
Cenário externo e interno
Os mercados têm sido fortemente influenciados após o Reino Unido decidir na semana passada deixar a União Europeia. O referendo gerou forte mau humor na sexta-feira e na segunda-feira, mas o quadro se inverteu nos dias seguintes.
No Brasil, investidores também disputavam antes da formação da Ptax de junho – taxa calculada ao final de cada mês pelo Banco Central e que serve de parâmetro para vários contratos cambiais. Por isso, operadores costumam brigar por cotações nos últimos dias do mês para deslocar a taxa a patamares mais favoráveis a seus negócios.
A ausência do BC, que não voltou a intervir no câmbio mesmo diante do recuo recente da moeda norte-americana, também contribuía para manter o dólar em patamares baixos, aproximando-se dos R$ 3,20. Muitos operadores esperavam que o BC fosse agir para reverter a queda do dólar, com medo de que o câmbio muito alto tenha impactos sobre as exportações.
“O BC está claramente mais confortável com deixar o dólar seguir seu rumo, o que deixa o mercado mais à vontade para buscar patamares mais baixos”, disse à Reuters o operador de uma corretora nacional.
Fonte: G1