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O dólar fechou em alta nesta terça-feira (5) pelo terceiro dia de negócios seguido. Com isso, a moeda dos Estados Unidos voltou a alcançar os R$ 3,30 – recuperando parte da forte baixa da semana passada.
A moeda norte-americana fechou a terça-feira em alta de 1,1% a R$ 3,301. No mês, o dólar acumula alta de 2,73%. No ano, no entanto, a divisa tem queda acumulada de 16,4%
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A cotação acompanhou o movimento nos mercados externos e após o Banco Central anunciar pela terceira vez consecutiva leilão de swap reverso, que equivale à compra futura de dólares.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
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Às 9h09, alta de 0,58%, a R$ 3,284.
Às 9h39, alta de 0,85%, a R$ 3,292.
Às 10h40, alta de 0,49%, a R$ 3,2809
Às 11h10, alta de 0,71%, a R$ 3,2883
Às 12h20, alta de 0,9%, a R$ 3,2942
Às 14h09, alta de 1,02%, a R$ 3,2982
Às 15h, alta de 1,06%, a R$ 3,2995
Às 16h05, alta de 1,04%, a R$ 3,2988
“A semana efetivamente começa hoje e o ambiente é negativo para o real. A preocupação com (a saída britânica da UE) voltou e a atuação do BC não dá espaço para o dólar cair mais”, disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW João Paulo de Gracia Corrêa à agência Reuters.
O referendo britânico do mês passado gerou forte volatilidade nos mercados financeiros globais, com a perspectiva de estímulos econômicos parcialmente compensando as turbulências financeiras.
A apreensão voltou a prevalecer nesta sessão, mesmo após o presidente do banco central britânico, Mark Carney, afirmar que o BC provavelmente precisará oferecer mais estímulos econômicos.
No Brasil, o efeito do mau humor externo foi potencializado pela atuação do BC, que vendeu pelo terceiro dia seguido 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, retomando o instrumento após deixá-lo de lado por mais de um mês.
“O BC viu uma oportunidade e aproveitou. Parece a decisão correta, o mercado de fato estava comprando demais a ideia de um dólar baixo”, disse o operador de um banco nacional que opera diretamente com o BC a à agência Reuters.
A ausência havia levado muitos investidores a apostar que o BC sob o comando de Ilan Goldfajn seria menos propenso a atuar no câmbio do que sob seu antecessor, Alexandre Tombini.
Pela manhã, o indicador à diretoria de Política Monetária do BC, Reinaldo Le Grazie, afirmou que intervenções pontuais que sirvam para corrigir fortes distorções são práticas saudáveis desde que não alterem a trajetória da moeda.
Nesse sentido, operadores afirmaram acreditar que o BC não tem como objetivo manter o câmbio em algum patamar específico, querendo apenas moderar o movimento. Muitos operadores acreditavam que Tombini almejaria proteger as exportações brasileiras de um dólar mais fraco.
Fonte: G1