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O dólar terminou a terça-feira (20) em alta, acompanhando a trajetória no exterior e após o governo desisitir de votar a reforma da Previdência neste ano, considerada essencial para colocar as contas públicas do país em ordem, destaca a Reuters.
A moeda subiu 0,67%, vendida a R$ 3,2553.
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Na véspera, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,41%, vendida a R$ 3,2337.
Segundo Jason Vieira, economista da gestora Infinity, a não aprovação da reforma da Previdência já era esperada pelo mercado, que segue alinhado com o exterior. “O dólar está subindo aqui porque o dólar global está subindo”, disse.
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“O mercado já esperava o enterro da reforma”, afirmou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva, ao citar as cotações “comportadas” e a sintonia com o cenário externo.
Na véspera, o governo formalizou que não votará a reforma da Previdência agora, como era previsto, sob a justificativa do decreto de intervenção federal no Rio de Janeiro. Como paliativo, anunciou um conjunto de medidas econômicas, boa parte já em tramitação no Congresso, numa tentativa de reafirmar o compromisso com o equilíbrio fiscal.
“O pacote é inócuo. O governo tenta jogar alguma migalha para o mercado com as medidas, que igualmente (à Previdência) terão que ser aprovadas pelo Congresso”, acrescentou Gomes da Silva, ao lembrar da falta de apoio agora para passar a Previdência.
Entre as medidas, estão a privatização da Eletrobras e a autonomia do Banco Central.
“O governo não criou uma pauta nova. Só anunciou novamente. Não faz preço”, afirmou à Reuters o gerente da mesa de câmbio do banco Ourinvest, Bruno Foresti, acrescentando que aumentam as expectativas de possível novo rebaixamento da nota do Brasil por agências de rating.
A trajetória de alta da divisa norte-americana acompanhava a cena externa, onde o dólar dava continuidade à recuperação da mínima de três anos contra a cesta de moedas, tendo recuperado 1,5% desde sexta-feira (16) diante da visão de que deveria passar por uma correção após fortes vendas nas últimas semanas, segundo a Reuters.
O dólar também subia ante moedas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
Interferência do BC
O Banco Central brasileiro fará nesta sessão novo leilão de até 9,5 mil swaps cambiais tradicionais (equivalentes à venda futura de dólares) para rolagem dos contratos que vencem em março, no total de US$ 6,154 bilhões.
Mantido esse volume diário até o final do mês e vendendo os lotes todos, rolarão integralmente os swaps que vencem agora.
Fonte: G1