14 de setembro, 2025

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Dólar sobe e fecha em R$ 3,33 após adiamento da votação da reforma da Previdência

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O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (14) após o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciar que a votação da reforma da Previdência ficará para fevereiro de 2018, alimentando temores sobre as contas públicas e piora na classificação de risco do país.

O dólar avançou 0,62%, a R$ 3,3365 na venda, maior patamar desde 23 de junho (R$ 3,339). Na máxima, a moeda norte-americana foi a R$ 3,3490.

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“Há ceticismo sobre se o texto será aprovado em 2018, há eleições. As negociações (políticas) vão continuar no recesso e seguem no foco, mas o mercado também começa a olhar possíveis rebaixamentos de ratings”, afirmou à Reuters o gerente da mesa de câmbio do banco Ourinvest, Bruno Foresti.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou que a reforma da Previdência só será votada na Casa após o Carnaval, no dia 19 de fevereiro, e avaliou que a proposta terá entre 320 e 330 votos favoráveis quando for a plenário.

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Risco de rebaixamento da nota do Brasil

Logo em seguida, a agência de classificação de risco Moody’s divulgou nota afirmando que o adiamento era um fator negativo para o Brasil e que fortalecia “as preocupações sobre a capacidade do governo para cumprir o teto de gastos e endereçar efetivamente as tendências fiscais adversas que têm gerado uma persistente deterioração do perfil de crédito do país nos últimos anos”.

A reforma da Previdência é considerada essencial para colocar as contas públicas em ordem e o governo vinha trabalhando intensamente para tentar colocá-la em votação na Câmara dos Deputados neste ano ainda.

O Banco Central vendeu o total de até 14 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de janeiro. Até agora, rolou o equivalente a US$ 7 bilhões do total de US$ 9,638 bilhões que vencem no mês que vem.

“Se a alta do dólar ganhar corpo e ir a R$ 3,35, acredito que o BC pode tomar providências para controlar a volatilidade. Se ele não atuar, vejo espaço para a moeda norte-americana subir ainda mais”, disse o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado.

Juros mais longos sobem

Os juros de prazos mais longos subiram nesta quinta-feira. Ao fim do pregão regular, às 16h, o DI janeiro/2019 operava estável, a 6,940% ao ano. O DI janeiro/2020 subia a 8,320% (8,280% no ajuste anterior). O DI janeiro/2021 ia a 9,330% (9,260% no ajuste anterior). E o DI janeiro/2023 avançava a 10,240% (10,190% no ajuste anterior).

Segundo o Valor Online, a diferença entre os DIs janeiro/2023 e janeiro/2019 e também a entre os juros com vencimento em janeiro/2021 e janeiro/2019 foram a novas máximas históricas, puxada pela maior percepção de risco quanto às contas públicas.

As variações das taxas, porém, foram até comedidas quando comparadas a outros momentos de incerteza – como no episódio das delações da JBS, em maio passado. Segundo analistas, a piora exibida pelo mercado nas últimas semanas – quando a possibilidade de a reforma poderia não ser analisada neste mês – deixou os preços mais alinhados a um cenário de votação apenas no ano que vem.

Fonte: G1

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