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O dólar fechou em alta ante o real nesta segunda-feira (25), com os investidores aguardando a leitura da denúncia contra o presidente Michel Temer no plenário da Câmara dos Deputados e avaliando como isso influenciará o andamento da reforma da Previdência, segundo a Reuters.
A moeda norte-americana terminou a sessão em valorização de 0,95%, vendida a R$ 3,1574.
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“O início da tramitação da segunda denúncia contra Michel Temer deverá catalisar as atenções do mundo político, devendo paralisar os trabalhos no Congresso pelas próximas três semanas”, destacou a SulAmérica Investimentos em relatório, acrescentando que isso pode prejudicar a tramitação da reforma da Previdência.
A nova denúncia contra Temer o acusa de liderar uma organização criminosa e de obstrução de Justiça. Ela deveria ser lida no plenário da Câmara nesta segunda-feira, mas a sessão foi cancelada por falta de quórum e reagendada para a manhã de terça-feira (26).
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Na sexta-feira (22), a leitura já havia sido adiada, depois que a sessão do plenário foi cancelada, também por falta de quórum.
Lida a denúncia, o presidente será notificado e então começará a correr o prazo, na Comissão de Constituição e Justiça, para a apresentação da defesa e do parecer do deputado que for escolhido como relator. Só após passar pela CCJ é que a peça acusatória segue ao plenário.
Cabe à Câmara dos Deputados decidir se autoriza o Supremo Tribunal Federal a analisar a denúncia para decidir sobre sua eventual aceitação.
Também seguem no foco dos operadores as negociações sobre o programa de renegociação de dívidas de empresas, o Refis, cujo prazo acaba na sexta-feira. Executivo e Legislativo ainda não chegaram a um acordo e há o risco de o governo deixar a medida caducar.
No exterior, o dólar operava com alta ante uma cesta de moedas, em meio ao recuo do euro com realização de lucros após o resultado das eleições alemãs na véspera.
Merkel conquistou o quarto mandato no domingo, mas terá que construir uma coalizão difícil para formar um governo depois que seus conservadores perderam apoio diante do partido anti-imigração Alternativa para a Alemanha (AfD).
O dólar também subia ante divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
A trajetória de alta da moeda era reforçada ainda por declarações do presidente do Federal Reserve de Nova York, William Dudley. Ele afirmou que o banco central norte-americano caminha para aumentar gradualmente as taxas de juros, dado que os fatores da desaceleração da inflação estão “desaparecendo” e os fundamentos da economia do país estão sólidos.
O BC vendeu integralmente a oferta de até 12 mil contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) no leilão para rolagem do vencimento de outubro. Desta forma, até agora já foram rolados US$ 4,2 bilhões do total de US$ 9,975 bilhões que vence no mês que vem.
“O mercado está um pouco de lado, olhando lá fora, mas ainda engatando ritmo”, afirmou um profissional de câmbio de uma corretora.
Último pregão
Na sexta-feira (22), o dólar fechou em queda, alinhado ao movimento no exterior. No entanto, a moeda terminou a semana passada em alta. O dólar caiu 0,53%, a 3,1276. Na semana, o avanço foi de 0,41%. No mês e no ano, há queda acumulada de 0,63% e 3,76%, respectivamente.
Fonte: G1