Anúncios
O dólar fechou em alta de 1,09% nesta quarta-feira (17), cotado a R$ 5,5222 — maior valor desde 1º de agosto, quando encerrou a R$ 5,5445. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, recuou 0,79%, aos 157.327 pontos.
Os investidores reagiram a fatores políticos e geopolíticos em um dia marcado por uma agenda econômica esvaziada, com poucos indicadores relevantes. Nesse contexto, declarações de autoridades dos Estados Unidos e projeções para a eleição de 2026 influenciaram o humor dos mercados.
Anúncios
No cenário internacional, Donald Trump deve se pronunciar à noite em sua rede social. A fala ganha peso diante do aumento das tensões envolvendo a Venezuela. Na véspera, ele afirmou que o país estaria “completamente cercado” e determinou um bloqueio total a petroleiros sancionados que entram ou saem de lá.
O presidente americano também acusou o governo venezuelano de se apropriar de petróleo e terras norte-americanas. Com isso, os preços da commodity subiam no mercado internacional: por volta das 18h20, o barril do Brent para fevereiro avançava 2,87%, cotado a US$ 60,61, após ter registrado na véspera o menor nível desde fevereiro de 2021.
Anúncios
Com a agenda local esvaziada para os investidores, eles concentram o foco nos pronunciamentos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ao longo do dia. Christopher Waller fala pela manhã, seguido por John Williams e Raphael Bostic, em busca de sinais sobre os rumos da economia americana.
No Brasil, a nova pesquisa eleitoral da Genial/Quaest passou a influenciar os mercados, à medida que a corrida presidencial de 2026 entra no radar dos investidores. Divulgado na tarde de ontem, o levantamento mostrou o presidente Lula na liderança, seguido por Flávio Bolsonaro e Tarcísio de Freitas, o que indica uma fragmentação das forças entre os possíveis candidatos de centro-direita.
Agentes do mercado acreditam que a manutenção do governo atual tornaria mais difícil realizar ajustes robustos nas contas públicas, o que impacta negativamente o Ibovespa e o câmbio.
Em meio à repercussão política, o Ibovespa recuou 2,4% na terça-feira, encerrando uma sequência de quatro altas seguidas. O índice chegou a cair para 158.577 pontos após tocar a máxima do dia acima dos 162 mil.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado:
Dólar
- Acumulado da semana: +2,06%;
- Acumulado do mês: +3,51%;
- Acumulado do ano: -10,64%.
Ibovespa
- Acumulado da semana: -2,14%;
- Acumulado do mês: -1,10%;
- Acumulado do ano: +30,80%.
Fonte: Valor