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O dólar opera em queda em relação ao real nesta segunda-feira (15), após a alta superior a 1% vista na sessão anterior, e com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, defendendo o regime de câmbio flutuante após comentários do presidente interino Michel Temer.
Às 15h59, a moeda norte-americana recuava 0,28%, cotada a R$ 3,1760, após chegar a R$ 3,1597 na mínima do dia.
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Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, queda de 0,31%, a R$ 3,1751
Às 9h30, queda de 0,20%, a R$ 3,1786
Às 10h, queda de 0,48%, a R$ 3,1696
Às 10h40, queda de 0,66%, a R$ 3,1638
Às 11h30, queda de 0,68%, a R$ 3,1634
Às 12h10, queda de 0,75%, a R$ 3,1612
Às 12h20, queda de 0,45%, a R$ 3,1708
Às 14h10, queda de 0,29%, a R$ 3,1756
Às 14h49, queda de 0,28%, a R$ 3,176
Às 15h29, queda de 0,31%, a R$ 3,1752
“A leitura de sexta-feira, de que o governo poderia tentar segurar a queda do dólar, está ficando para trás”, disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado, à agência Reuters.
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O dólar havia saltado 1,4%, maior alta em dois meses, e encostado em R$ 3,20 na sessão passada após o presidente interino Michel Temer afirmar que era necessário manter “um certo equilíbrio no câmbio”, sem cotações altas ou baixas demais.
A agência Reuters publicou nesta manhã que, segundo uma importante fonte da equipe econômica, o governo não tem muito como agir para conter a desvalorização da divisa. “Não tem muita coisa que se possa fazer, a experiência mostra que qualquer tipo de intervenção diferente não se sustenta e acaba sendo mais prejudicial”, afirmou.
O dólar vem rondando os menores níveis em mais de um ano frente ao real, influenciado por expectativas de contínua atratividade de ativos brasileiros no cenário em que os juros norte-americanos não voltam a subir até o fim deste ano.
O otimismo no mercado sobre as promessas de restrição fiscal de Temer também vem corroborando o recuo do dólar.
Interferência do BC
O BC reagiu aumentando o ritmo de vendas diárias de swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, de 10 mil para 15 mil. Dois operadores de bancos que negociam diretamente como BC acreditam que o pode voltar ao ritmo anterior nos próximos dias se o dólar não voltar a desabar, segundo a Reuters.
Cotações baixas demais podem atrapalhar a recuperação econômica ao prejudicar as exportações. Por outro lado, níveis altos tendem a pressionar a inflação.
Com sua política de intervenções, o BC reduziu seu estoque de swaps tradicionais, que correspondem a venda futura de dólares, para o equivalente a menos de US$ 50 bilhões. No ano passado, esse estoque girou acima de US$ 100 bilhões.
Semana passada
O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (12), e voltou a se aproximar do patamar de R$ 3,20. A moeda norte-americana terminou o dia vendida a R$ 3,185, em alta de 1,43% sobre o fechamento da véspera – a maior alta diária desde 13 de junho.
Na semana, o dólar acumulou alta de 0,5%, e no mês, queda de 1,78%. No ano, a queda acumulada é de 19,33%.
Fonte: G1