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O dólar fechou em queda nesta quarta-feira (16), após subir boa parte do dia, reagindo, primeiro à expectativa e depois à confirmação de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será o novo chefe da Casa Civil.
A moeda passou a cair após o banco central norte-americano projetar menos altas de juros neste ano e nos próximos, o que em tese favorece mercados emergentes que oferecem rendimentos elevados.
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A moeda norte-americana caiu 0,63%, vendida a R$ 3,7391, após atingir R$ 3,8542 na máxima do dia, segundo a Reuters.
Na semana, a moeda acumula alta de 4,12%. Em março, contudo, o dólar recua 6,6% e, no acumulado de 2016, cai 5,59%.
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Acompanhe a cotação do longo do dia:
Às 9h09, alta de 1,31%, a R$ 3,8125.
Às 9h19, alta de 1,58%, a R$ 3,8226.
Às 9h39, alta de 1,71%, a R$ 3,8275.
Às 9h59, alta de 1,35%, a R$ 3,8139.
Às 10h39, alta de 1,28%, a R$ 3,8113.
Às 11h, alta de 1,24%, a R$ 3,8098.
Às 11h49, alta de 1,76%, a R$ 3,8291.
Às 12h39, alta de 1,74%, a R$ 3,8284.
Às 12h50, alta de 1,32%, a R$ 3,8216.
Às 13h10, alta de 0,7%, a R$ 3,7895.
Às 13h49, alta de 0,5%, a R$ 3,7818.
Às 14h09, alta de 0,68%, a R$ 3,7888.
Às 14h39, alta de 1,06%, a R$ 3,8032.
Às 15h20, alta de 0,43%, a R$ 3,7791.
Às 15h40, alta de 0,04%, a R$ 3,7645.
Às 15h59, alta de 0,04%, a R$ 3,7645.
O Palácio do Planalto anunciou nesta quarta a nomeação do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil, no lugar de Jaques Wagner, que será deslocado para a chefia de gabinete da presidente. Após a conformação, o dólar acelerou a alta e atingiu as máximas do dia, para em seguida perder fôlego.
Para analistas e economistas ouvidos pelo G1, a entrada de Lula adiciona mais dúvidas e incertezas na economia. O mercado não descarta mudanças de direção na economia e enxerga riscos de uma guinada à esqueda da política econômica, com medidas na direção contrária ao ajuste fiscal.
Os investidores aguardam, no entanto, sinais mais claros de quais serão os próximos passos no cenário político. Veja repercussão econômica sobre Lula ministro da Casa Civil
Rumores sobre saída de Tombini
A presidente Dilma Rousseff negou nesta tarde trocas no primeiro escalão da equipe econômica do governo, após a nomeação de Lula. Segundo a presidente, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini,”estão mais dentro do que nunca”.
O humor do mercado também esteve sob influência dos rumores de que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini possa deixar o cargo. Segundo o blog da colunista do G1 Thais Herédia, “a saída de Tombini é uma ameaça, mas é real”, de acordo com uma fonte do mercado, próxima a Tombini.
“Seria uma volta à nova matriz econômica”, disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta à Reuters. “Isso é muito ruim para o Brasil”.
Dilma estava reunida nesta manhã com Lula e os ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, e da Casa Civil, Jaques Wagner. Ainda não foi feito um anúncio oficial.
“O mercado está muito volátil e guiado pelo noticiário. Não descartamos mudanças súbitas de direção (do câmbio) no caso de novos acontecimentos – algo que não é difícil de encontrar no Brasil hoje em dia”, escreveram estrategistas do banco BNP Paribas em nota a clientes.
Analistas consultados pela Reuters afirmam que seria infrutífero usar as reservas internacionais para enfrentar a crise econômica no Brasil, como sinalizado pelo governo recentemente. Segundo eles, isso aumentaria o descrédito com o país e teria consequências inflacionárias.
Cenário externo
O Fed passou a ver duas altas de juros de 0,25 ponto percentual neste ano, contra quatro nas previsões divulgadas em dezembro. Além disso, membros do banco central reduziram suas projeções para as taxas apropriadas ao fim deste ano e dos próximos.
Os juros futuros nos EUA passaram a mostrar chances menores de aumentos de juros nos próximos meses, com probabilidade de 40% de elevação em junho e 74% em dezembro, contra 50 e 82%, respectivamente.
Ao demorar a elevar os juros, o Fed não aumenta a atratividade de ativos financeiros norte-americanos e evita saída de dólares de outros mercados tidos como menos seguros, como o Brasil.
Atuação do BC
Nesta manhã, o BC realizou mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em abril com venda integral dos 9,6 mil contratos. Até o momento, o BC já rolou US$ 5,535 bilhões, ou cerca de 5% do lote total para abril, que equivale a US$ 10,092 bilhões.
Véspera
Na véspera, o dólar avançou 3,03%, cotada a R$ 3,763 – a maior alta desde 13 de outubro de 2015 (3,58%). A moeda dos EUA acumula alta de 4,79% só nesta semana, diante do novo cenário político, sendo que havia despencado 10,30% neste mês até o fim da semana passada.
Fonte: G1