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Depois de ir abaixo de R$ 3,30 e atrair compradores, o dólar fechou em quase estável nesta quinta-feira (5) com o mercado ainda temeroso com a cena política, mesmo após o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitar o pedido de habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deixando-o mais próximo de ser preso.
A moeda dos EUA teve leva alta de 0,03% frente ao real, a R$ 3,3414, após ter recuado abaixo de R$ 3,30 na abertura do dia, renovando a maior cotação desde 18 de maio de 2017 (R$ 3,3836).
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Na véspera, em meio à cautela em relação ao desfecho do julgamento do STF, o dólar chegou a R$ 3,3678, mas encerrou o pregão perto da estabilidade, a R$ 3,3403.
Cenário local
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Por 6 votos a 5, o STF rejeitou no início desta madrugada o pedido de habeas corpus de Lula, decisão essa que deixa o petista mais próximo de ser preso para cumprir pena pela condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em segunda instância.
Agora, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) está livre para decretar a ordem de detenção, embora seja possível que espere novo embargo de declaração para tomar essa decisão. O prazo final para apresentação desse novo recurso é o dia 10 de abril.
“Embora os mercados estejam propensos a dar as boas-vindas à notícia (do STF), há razões para avaliar que qualquer rali será limitado”, afirmou em relatório o economista para América Latina da Capital Economics (CE), Edward Glossop. “Uma vez que a poeira assente, os mercados brasileiros tendem a se concentrar no fato de que os candidatos pró-mercado ainda enfrentam uma luta difícil na corrida eleitoral”, acrescentou.
Cenário externo
No exterior, também diminuíram as tensões em torno de uma possível guerra comercial entre Estados Unidos e China.
O sentimento melhorou após os Estados Unidos terem sinalizado disposição para negociar uma solução para a briga comercial depois que as tarifas norte-americanas propostas sobre US$ 50 bilhões em produtos chineses levaram a uma resposta rápida de Pequim, que retaliaria visando as principais importações dos EUA.
Muitos investidores viram o último plano de tarifas do presidente norte-americano Donald Trump como parte de sua estratégia de negociação, em vez de sua política final.
“Acredito que a substância das restrições comerciais e seu impacto real serão muito menores do que as manchetes”, disse Jeffery Becker, presidente do conselho e presidente-executivo da Jennison Associates.
O Banco Central brasileiro não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio nesta sessão. Em maio, vencem US$ 2,565 bilhões em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.
Fonte: Yahoo!