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O dólar fechou praticamente estável frente ao real nesta quinta-feira (5), após cair boa parte do dia, em sessão novamente marcada pela ausência da atuação do Banco Central no mercado de câmbio.
A moeda norte-americana recuou 0,005%, vendida a R$ 3,5398. Na mínima deste pregão, chegou a R$ 3,508, segundo a Reuters.
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Na semana e no mês de maio, o dólar avança 2,89%. No acumulado de 2016, a moeda recua 10,3%.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
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Às 9h09, queda de 0,71%, a R$ 3,5147.
Às 9h30, queda de 0,69%, a R$ 3,5155.
Às 10h, queda de 0,84%, a R$ 3,5101.
Às 10h30, queda de 0,68%, a R$ 3,5157.
Às 10h50, queda de 0,26%, a R$ 3,5307.
Às 11h29, queda de 0,04%, a R$ 3,5385.
Às 12h20, queda de 0,10%, a R$ 3,5384.
Às 13h09, queda de 0,3%, a R$ 3,5295.
Às 13h49, queda de 0,13%, a R$ 3,5353.
Às 14h49, queda de 0,11%, a R$ 3,544.
Às 15h29, alta de 0,24%, a R$ 3,5485.
Às 16h40, alta de 0,25%, a R$ 3,5491.
Cenário político
Na véspera, o relator do pedido de impeachment, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), apresentou parecer favorável à abertura do processo contra a presidente Dilma, como esperado, desclassificando as alegações de que o processo se trata de um golpe.
Na próxima semana, o Senado deve votar o afastamento da presidente e, caso seja aprovado, o vice Michel Temer assume o comando do país. Ele já indicou que o ex-presidente do BC Henrique Meirelles será seu ministro da Fazenda, o que tem agradado os mercados financeiros.
De acordo com a Reuters, de uma maneira geral, analistas consideram que a tendência para o dólar permanece de desvalorização frente ao real em meio às expectativas de mudança de governo com o avanço do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Os investidores também acompanhavam a notícia de que, nesta quinta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki afastou Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do mandato de deputado federal e, consequentemente, da presidência da Câmara em decisão liminar.
“O afastamento do Cunha tira um peso para o Temer… A saída dele é vista com o positiva para a sociedade porque ele sairia da linha sucessória”, disse Correa à Reuters.
Atuação do Banco Central
Pela manhã, a ausência do BC do mercado de câmbio favoreceu a queda da moeda. O Banco Central não anunciou leilão de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de dólares.
Após as recentes valorizações, que levaram o dólar a fechar no patamar de R$ 3,57 na terça, o BC não realizou na quarta-feira leilão de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de dólar.
A percepção de muitos operadores, ainda de acordo com a Reuters, é que o BC não quer o dólar abaixo de R$ 3,50 não prejudicar as exportações brasileiras e estaria confortávelcom o atual nível.
No cenário externo, os preços internacionais petróleo avançaram, com enorme incêndio florestal perto de áreas de extração no Canadá e a escalada de tensões na Líbia aumentando expectativas sobre redução da oferta de petróleo no curto prazo. Com essa recuperação, o dólar perdeu força no exterior em relação a moedas como os pesos mexicano e o chileno.
Perspectivas
Pesquisa da Reuters mostrou que o dólar deve ficar abaixo de R$ 4 e não deve voltar a bater recordes contra moedas de países emergentes neste ano, inclusive no Brasil, após a forte queda dos primeiros meses de 2016 em meio a dúvidas sobre o aumento dos juros nos Estados Unidos.
Último pregão
Na véspera, o dólar caiu 0,87%, a R$ 3,54, após acumular alta de 3,81% nos dois pregões anteriores.
Fonte: G1