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O dólar fechou em queda nesta quarta-feira (19), abaixo do patamar de R$ 3,15. Foi o quarto pregão seguido de desvalorização. O movimento foi influenciado pela expectativa de ingresso de recursos externos e ainda em meio ao ambiente político doméstico mais calmo, destacou a Reuters.
A moeda norte-americana terminou o dia em queda de 0,19%, vendida a R$ 3,1493.
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Cenário local
“Os IPOs podem apoiar o bom humor [do mercado]”, afirmou mais cedo à Reuters o analista da corretora Correparti, Guilherme Esquelbek. Na véspera, o Carrefour Brasil fez sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), movimentando R$ 5,125 bilhões. Na sexta-feira, deve sair a precificação da Biotoscana Investments e ainda estão na lista para abertura de capital a empresa de tecnologia Tivit Terceirização de Processos, a operadora de planos de saúde Notre Dame, a resseguradora IRB Brasil e a geradora de energia Ômega.
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Além disso, o ambiente político mais tranquilo com o recesso parlamentar dava uma trégua para os investidores, que também percebiam certo alívio nas relações entre o presidente Michel Temer e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), após jantar entre os dois na véspera, em meio à polêmica sobre tentativas de ambos cooptarem deputados da bancada do PSB para seus respectivos partidos, ressaltou a agência.
Temer enfrenta denúncia por crime de corrupção passiva, cujo andamento terá de receber o aval da Câmara. O mercado continuava apostando que, com ou sem o presidente, a agenda de reformas deverá prosseguir, uma vez que a atual equipe econômica poderia continuar mesmo com outro assumindo a Presidência do país. Na linha sucessória, está Maia.
Mesmo sem condições políticas de tocar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados antes de resolver a crise causada pela denúncia contra Temer, o Palácio do Planalto decidiu investir na reforma tributária, que não exige mudanças constitucionais e tem potencial para criar boas notícias para o governo mais rapidamente.
O Banco Central brasileiro realizou nesta sessão novo leilão de até 8,3 mil swaps cambiais tradicionais (equivalentes à venda futura de dólares) para a rolagem dos contratos que vencem em agosto.
Cenário externo
No exterior, os mercados também davam suporte para o clima mais positivo para moedas de países emergentes, com apostas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, não deve elevar tanto os juros da maior economia do mundo, movimento que aumentaria o potencial para atrair recursos aplicados hoje em outras praças, como a brasileira.
Além disso, os investidores estavam à espera das reuniões de política monetária do Banco do Japão e do Banco Central Europeu (BCE), no dia seguinte.
Véspera
Na segunda-feira (17), o dólar fechou em queda pelo terceiro pregão seguido, de volta ao patamar de R$ 3,15, seguindo o enfraquecimento da moeda norte-americana no exterior após Trump sofrer nova derrota no Congresso e em meio ao ambiente político doméstico mais calmo.
A moeda norte-americana recuou 0,82%, a R$ 3,1554 na venda, depois de ter ido a R$ 3,1534 na mínima do dia. Em três pregões, acumulou perdas de 1,65%.
Fonte: G1