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O dólar fechou em queda nesta sexta-feira (29), com investidores corrigindo parte da alta acumulada na semana em dia de ambiente político mais tranquilo e notícias econômicas mais favoráveis, segundo a Reuters. No entanto, a moeda encerrou a semana e o mês de setembro com valorização sobre o real.
A moeda norte-americana caiu 0,48%, vendida a R$ 3,1676. Na semana e no mês, o dólar avançou 1,28% e 0,64%, respectivamente.
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No trimestre, no entanto, o dólar cedeu 4,38%, o maior recuo trimestral desde o segundo trimestre de 2016 (queda de 10,65%). No ano, há baixa acumulada de 2,53%.
De olho nos juros nos EUA
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A presidente do Federal Reserve (Fed), Janet Yellen, disse mais cedo nesta semana que o banco central norte-americano vai manter os juros na trilha planejada, o que indicou aos investidores um aumento das taxas de juros em dezembro, a terceira neste ano, e a probabilidade de mais aumentos em 2018.
Analistas disseram que a alta desta semana foi impulsionado pelas eleições alemãs no último final de semana, no qual o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha ganhou assentos no parlamento pela primeira vez, trazendo preocupações de que movimentos políticos anti-europeus no continuente, incluindo na Espanha e na Itália, poderiam ser mais preocupantes do que se pensava inicialmente.
“Economicamente, a situação nos Estados Unidos tem o mérito pelo fato de fazer o dólar ganhar”, disse à Reuters Juan Perez, estrategista de câmbio na Tempus Inc. “A dissolução política na Europa continua e agora com a situação na Espanha simbolizando que movimentos separatistas ao redor do continuente não podem ser ignorados. Numa perspectiva geopolítica, Europa está numa situação um pouco mais difícil do que a nossa.”
A divulgação do plano de reforma tributária do presidente dos EUA, Donald Trump, também pressionou as expectativas de inflação para cima, com os rendimentos dos Treasuries para máximas em meses e anos na quarta-feira.
Cenário interno
Ainda segundo a Reuters, os investidores continuam de olho na cena política doméstica, mais precisamente nas negociações para barrar na Câmara a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, notificado na última quarta-feira.
O Palácio do Planalto concentra seus esforços na derrubada dessa denúncia, negociando apenas questões que já estão em pauta, o que tende a levantar preocupações em torno do avanço da reforma da Previdência.
Fonte: G1