A moeda dos EUA encerrou o dia em baixa de 0,94%, a R$ 3,0717 na venda – menor cotação desde 23 de fevereiro (R$ 3,0565), segundo a agência Reuters.
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Pela manhã, o dólar chegou a subir, com investidores cautelosos com a possibilidade de exportações menores em decorrência da operação Carne Fraca. Na máxima do dia, a divisa chegou a bater R$ 3,1170.
Alguns países importadores anunciaram restrições temporárias à entrada de carne brasileira, entre eles a União Europeia, Coreia do Sul e China. Estes 3 países juntos responderam por 27% das exportações brasileiras de carne em 2016.
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Cenário externo e local
A trajetória de baixa da moeda norte-americana, segundo os profissionais, embasava-se na sinalização do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, de que deve elevar os juros mais duas vezes neste ano, como esperado.
Mais cedo, alguns membros do Fed reforçaram esse cenário. Juros maiores no país podem atrair capitais aplicados em outras praças, como a brasileira.
Profissionais também comentaram que houve ingresso de fluxo de recursos nesta sessão, ampliando a queda do dólar, destaca a Reuters. Na semana passada, o governo brasileiro arrecadou mais de R$ 3,7 bilhões no leilão de aeroportos e os recursos terão que ser internalizados pelos vencedores, estrangeiros.
No exterior, o dólar cedia ante algumas divisas de países emergentes, como o peso mexicano, e exibia leves oscilações ante uma cesta de moedas. O clima era de cautela depois da decisão do G20 de retirar a promessa para evitar o protecionismo comercial, concordando com o protecionismo cada vez maior dos Estados Unidos.