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O dólar fechou em queda ante o real nesta sexta-feira (1), após subir forte por dois pregões seguidos em meio a preocupações maiores com a capacidade do governo do presidente Michel Temer de conseguir apoio político para tirar a reforma da Previdência do papel. A volta do Banco Central ao mercado de câmbio também ajudava na trajetória da moeda norte-americana nesta sessão. Na semana, no entanto, a moeda subiu sobre o real.
O dólar caiu 0,46%, vendido a R$ 3,2567, mas subiu 0,75% na semana.
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“O dólar… pode ir acima de R$ 3,30 se a reforma for adiada ou o governo jogar a toalha”, afirmou a diretora de câmbio da AGK Corretora, Miriam Tavares.
O noticiário ficou mais negativo nesta semana, diante da dificuldade do governo de conseguir o apoio necessário para colocar em votação o texto da reforma em breve. Não por menos, o dólar saltou do patamar de R$ 3,20 para R$ 3,27 nos últimos dias.
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Na véspera, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que ainda faltavam muitos votos para atingir os 308 necessários para passar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) na Casa.
No sábado, Temer vai se reunir com o governador de São Paulo e provável futuro presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, para tratar do apoio dos tucanos à matéria. No dia seguinte, o presidente será o principal convidado de um jantar, a ser promovido por Maia com líderes e presidentes de partidos em busca de apoios.
Interferência do BC
O movimento de queda do dólar também vinha pela atuação do BC, que retomou os leilões de swap cambial – equivalentes à venda futura de dólares. Nesta manhã, vendeu toda a oferta integral de até 14 mil contratos (ou US$ 700 milhões) e, se mantiver esse ritmo, conseguirá rolar todo o vencimento de janeiro, que soma US$ 9,638 bilhões.
O BC não atuou no mercado nos dois últimos meses porque não havia vencimentos de swap. Em setembro, quando fez a última atuação, o BC rolou apenas US$ 6 bilhões do total de US$ 9,975 bilhões vencendo no mês seguinte.
“O fato de o BC voltar ao mercado rolando swap ajuda a suavizar a cotação. Há atuação dos exportadores desovando suas operações”, afirmou o operador da Advanced Corretora Alessandro Faganello.
Fonte: G1