23 abril, 2024
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O dólar fechou em queda nesta quarta-feira (12), com os investidores avaliando que a reforma da Previdência será aprovada mesmo após diversos ministros do governo do presidente Michel Temer e importantes parlamentares da base se tornarem alvo de inquéritos no âmbito da Lava Jato. O mercado também aguarda o anúncio da nova taxa básica de juros da economia, a ser anunciada a partir das 18h pelo Banco Central.
A moeda norte-americana recuou 0,45%, vendida a R$ 3,1339 na venda, depois de marcar R$ 3,1596 na máxima da sessão. Na mínima, foi a R$ 3,1321.
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“O mercado parece acreditar que esse ruído político não vai progredir, não vai atrapalhar as reformas”, afirmou à Reuters o economista da corretora Nova Futura, Pedro Paulo Silveira.
O relator da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Edson Fachin, autorizou a abertura de inquéritos contra 8 ministros, 3 governadores, 24 senadores e 39 deputados a partir das delações feitas por executivos da Odebrecht. A lista inclui oito ministros de Temer, entre eles Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência da República) e Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia).
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Reforma da Previdência
O entendimento geral do mercado é que a “Lista de Fachin” ainda não afeta substancialmente as expectativas de aprovação do ajuste fiscal. A reforma da Previdência é tida pelo governo como a principal medida para colocar a economia em ordem e tem negociado fortemente com o Congresso Nacional para tirá-la do papel.
Nesta tarde, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse à Reuters que a expectativa é de que a reforma da Previdência seja aprovada neste semestre, “mas não há grande drama se for em agosto”. Segundo ele, o regime de transição ainda não está definido, mas os ganhos fiscais não devem ser substancialmente alterados.
“A lista atingiu políticos de diversos partidos. Acredito que abre uma brecha para o governo conseguir aprovar as reformas, já que enfraquece os ataques de opositores citados”, avaliou o economista da Infinity, Jason Vieira.
A tranquilidade dos negócios nesta sessão teve a contribuição do recuo do dólar ante divisas de países emergentes no exterior, em dia de menor tensão com a cena geopolítica. Além disso, no final da tarde, a moeda perdeu força em todo o mundo após declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o dólar está ficando muito forte e de que gostaria de uma política de juros baixos. O índice do dólar caiu ao menor nível desde 31 de março após as declarações.
O Banco Central brasileiro não anunciou intervenção no mercado de câmbio para esta sessão, por ora. Em maio, vencem US$ 6,389 bilhões em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.
Fonte: G1
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