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O dólar fechou em queda nesta sexta-feira (12), um dia após a agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixar a nota de crédito do Brasil de BB para BB-.
A moeda norte-americana recuou 0,38% frente ao real, cotada a R$ 3,2062 na venda.
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Em entrevista nesta sexta-feira, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que o corte da nota brasileira não deve ser considerado uma “grande questão política” do Brasil.
“É um movimento técnico, e não acredito que isso afete candidaturas. Está claro que a agência fez lá sua avaliação e não discuto avaliação de agências, nunca discuti. Eles fazem o trabalho deles e a gente faz o nosso trabalho”, acrescentou Meirelles.
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A S&P alegou que o rebaixamento da nota do Brasil se deve ao atraso na aprovação de medidas fiscais que reequilibrem as contas públicas, em especial a reforma da Previdência, o que a agência considera “uma das principais fraquezas” do país.
Reação do mercado
O rebaixamento do rating soberano já era esperado por parte do mercado em razão das dificuldades do governo para conseguir a aprovação da reforma da Previdência.
“Em termos práticos, o rebaixamento não muda muita coisa, já não somos grau de investimento pelas três principais agências de rating”, disse à Reuters o operador da corretora H.Commcor, Cleber Alessie Machado.
A votação da reforma da Previdência foi postergada para 19 de fevereiro, levando analistas a reduzirem as apostas na aprovação do texto, diante do cenário eleitoral deste ano, lembra a agência de notícias.
“Entendemos que, dentro deste desconforto, o governo poderá sair do ‘corner’ onde está acuado pelo Congresso Nacional e se tornar efetivo protagonista de um discurso duro impondo constrangimento e responsabilidade pelo ocorrido aos políticos”, afirmou o economista e diretor-executivo da NGO Câmbio, Sidnei Moura Nehme, em nota.
Mas o cenário político pode se complicar ainda mais depois do movimento da S&P. Na noite passada, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou à Reuters que o governo havia se enfraquecido muito após denúncias e que não era “correto” transferir para o Congresso a responsabilidade de a reforma da Previdência não ter sido aprovada.
Fonte: Yahoo!