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O dólar fechou em queda nesta quarta-feira (16), abaixo de R$ 3,15 após a ata do banco central norte-americano sinalizar que cresceu a preocupação dos membros da instituição com a inflação fraca, o que pode esvaziar de vez as apostas de nova alta de juros nos Estados Unidos este ano, segundo a Reuters.
A moeda norte-americana caiu 0,83%, vendida a R$ 3,1463, após ter encerrado na véspera a R$ 3,1728.
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Na máxima, a moeda foi a R$ 3,1787, segundo a Reuters.
Segundo a ata do Federal Reserve sobre a última reunião que decidiu pela manutenção dos juros, alguns membros chegaram a pedir a interrupção do aumento da taxa de juros até que estivesse claro que a tendência era transitória.
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“A ata mostra menor força da inflação, sinal de uma economia menos aquecida, o que posterga as apostas de um novo aumento de juros”, explicou à Reuters o diretor da Mirae Asset, Pablo Spyer.
Cenário local
Até a ata do Fed, o dólar vinha operando com leves oscilações, predominantemente em queda, após o governo mudar a meta fiscal deste e dos próximos anos e ter lançado mão de algumas medidas de aumento de receitas.
Na terça-feira, o governo revisou as metas fiscais de 2017 e 2018, para déficit primário de R$ 159 bilhões, na comparação com os alvos anteriores de R$ 139 bilhões e R$ 129 bilhões, respectivamente. Para viabilizar o objetivo de 2018, vieram esforços adicionais para aumentar a arrecadação e reduzir o tamanho da máquina pública. Entenda por que o governo revisou a meta fiscal.
“O anúncio ficou dentro da expectativa, mas ainda é preciso aprovar tudo o que o governo sugeriu”, afirmou o economista-chefe da gestora Infinity, Jason Vieira, ressaltando que a aprovação da reforma da Previdência também é essencial.
De modo geral, os mercados já haviam precificado essas mudanças no cenário fiscal antes. Por isso, nem mesmo o voto de confiança dado ao governo pela Standard & Poor’s na véspera fazia muito preço nessa sessão.
A agência de classificação de risco retirou a observação negativa sobre o rating do Barsil e passou a perspectiva negativa. Na prática, isso significa que tirou do radar a possibilidade de corte da nota do país sem um aviso prévio.
“Se houvesse uma alteração na nota pela S&P, teria forte impacto no mercado”, afirmou à Reuters o presidente do correspondente cambial BeeCâmbio, Fernando Pavani.
Nesta quarta-feira, a Moody’s também informou que a revisão da meta de déficit primário para este ano não deve trazer um impacto para a avaliação de rating do Brasil.
Fonte: G1