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O dólar fechou em leve alta nesta quinta-feira (25), se estabilizando no patamar abaixo de R$ 3,30, com os investidores atentos à cena política e de olho no andamento das reformas econômicas no Congresso.
A moeda norte americana avançou, vendida a R$ 3,283, depois de marcar a máxima de R$ 3,295.
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“O mercado está sensível, cauteloso e volátil e deve ficar assim até ter um desfecho (para a crise política)”, comentou à Reuters um operador de uma corretora local.
O Banco Central vendeu nesta quinta-feira mais um lote de 8 mil contratos de swap cambial tradicional – equivalente à venda futura de dólares -, completando US$ 3,2 bilhões da rolagem do vencimento de junho, que totaliza US$ 4,435 bilhões.
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No exterior, o dólar operava em baixa ante uma cesta de moedas, mas passou a subir ante algumas divisas de emergentes, como o peso mexicano, diante da fraqueza dos preços do petróleo.
Cenário local
“Todo o mundo está esperando o 6 de junho”, disse à Reuters o economista-chefe da corretora BGC Liquidez, Alfredo Barbutti, ao destacar a data prevista para a votação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode cassar a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer formada para a disputa eleitoral de 2014.
O governo Temer enfrenta uma forte crise política desde que o presidente virou alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça, investigação aberta com base em acordo de delação fechado por Joesley Batista, do grupo JBS.
O presidente negou que vá renunciar e o mercado acredita que uma saída para estancar a crise política se dará justamente com a cassação da chapa, com a substituição de Temer por um nome de consenso, que conseguirá dar andamento às votações das reformas estruturais, sobretudo a da Previdência, considerada fundamental para a continuidade do ajuste fiscal, destaca a Reuters.
Na quarta-feira, em mais uma tentativa de tentar mostrar força, o governo conseguiu aprovar medidas provisórias na Câmara, depois que partidos de oposição abandonaram o plenário em protesto contra a decisão de Temer de autorizar a presença de militares para garantir a ordem em Brasília em meio aos protestos violentos.
“Por mais que a dificuldade seja extrema, o governo está dando os últimos sopros no sentido que o mercado quer, o que gera uma certa tranquilidade”, avaliou o operador da Ourominas Corretora Maurício Gaioti.
Fonte: G1