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O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (16), se aproximando do patamar de R$ 3,70, no quarto dia seguido de valorização, no maior valor desde abril de 2016.
A moeda dos EUA subiu 0,47%, vendida a R$ 3,679, após chegar a R$ 3,6955 na máxima do dia. Já o dólar turismo era negociado a R$ 3,84.
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Os investidores seguem de olho no cenário externo, onde havia temores de mais altas de juros que o esperado nos Estados Unidos neste ano, influenciando no fluxo global de recursos.
O rendimento do Treasury (títulos do Tesouro dos Estados Unidos) de 10 anos cedia nesta quarta, mas ainda acima do nível de 3%, o que ajudava a pressionar a moeda norte-americana, destaca a Reuters.
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“A intenção do banco central norte-americano em continuar com seu gradualismo na condução da política monetária ainda gera muitas dúvidas… Consenso mesmo é que o Fed deve anunciar seu segundo aumento do juro em junho”, afirmou a Advanced Corretora em relatório.
Na véspera, os dados de vendas do varejo norte-americano elevaram as apostas para três novas altas de juros neste ano, somando-se à que foi feita em março pelo Federal Reserve.
Mas, nesta quarta-feira, os dados da produção industrial de abril, embora tenham vindo mais fortes do que as projeções, trouxe revisões em baixa dos números de meses passados.
Cenário local
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve promover, nesta quarta, um novo corte no juro básico da economia, a Selic, de 6,5% ao ano para 6,25% ao ano, de acordo com aposta que é quase consenso entre os analistas do mercado financeiro. A previsão dos economistas no novo corte ocorre apesar da disparada do dólar nas últimas semanas, que pode pressionar a inflação no Brasil.
Alta de mais de 10% no acumulado no ano
No ano, o dólar acumula até o fechamento do pregão da véspera alta de 10,51%. A disparada do dólar no Brasil acontece diante da incerteza eleitoral e do temor de que os juros nos Estados Unidos subam mais que o esperado neste ano.
O mercado monitora pistas sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos porque, com taxas mais altas, o país se tornaria mais atraente para investimentos aplicados atualmente em outros mercados, como o Brasil, motivando assim uma tendência de alta do dólar em relação ao real.
Interferência do BC no câmbio
O Banco Central brasileiro realizou e vendeu nesta sessão a oferta integral de até 5 mil novos swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Com isso, já colocou o equivalente a US$ 750 milhões adicionais no mercado.
A autoridade também vendeu a oferta integral de até 4.225 de swaps para rolagem do vencimento de junho. Dessa forma, já rolou 3,96 bilhões de dólares do total de US$ 5,650 bilhões que vencem mês que vem.
Se mantiver e vender esse volume diário até o final do mês, o BC terá rolado integralmente os contratos que vencem no mês que vem.
Fonte: Yahoo!