O dólar subiu 0,31%, a R$ 3,139 na venda. Na semana e no mês, a moeda acumula alta de 0,99% e 0,83% em relação ao real, respectivamente. No ano, há queda de 3,41%.
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“O mercado está meio enjaulado, com dúvidas tanto externas quanto internas, ainda aguardando uma definição melhor para tomar uma decisão”, afirmou à Reuters o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.
Na segunda-feira, os mercados reagiram mal ao fato de Trump ter sofrido importante derrota política ao não conseguir passar seu projeto para reformular o sistema de saúde norte-americano, que substituiria o Obamacare. No entanto, ainda segundo a Reuters, nesta terça os investidores passaram a apostar que, com isso, o presidente deve concentrar seus esforços em tirar do papel corte de impostos e aumento de gastos em infraestrutura.
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No Brasil
Internamente, o mercado seguia na expectativa pela divulgação do contingenciamento do orçamento deste ano e anúncio de provável aumento de impostos. “O dólar subiu acompanhando o exterior e também como forma de proteção pelo ajuste do Orçamento de 2017”, comentou à Reuters o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik.
O anúncio estava previsto para essa sessão, mas divergências entre o Palácio do Planalto e a equipe econômica sobre aumento de impostos acabaram adiando. “Há um certo mal-estar com o adiamento da divulgação, deixa dúvidas sobre onde haverá aumento (de impostos)”, comentou à Reuters um operador de uma corretora local.
A assessoria do Ministério da Fazenda informou que a apresentação dos números acontecerá na quarta-feira, no final da tarde.
O Banco Central brasileiro vendeu integralmente nesta sessão o lote de até 10 mil swaps tradicionais – equivalente à venda futura de dólares – ofertados para rolagem dos contratos de abril. Já foram nove leilões iguais, que reduziram a US$ 5,211 bilhões o estoque que vence no mês que vem.