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O dólar fechou em alta nesta terça-feira (29), após o Banco Central anunciar um leilão de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de dólares, e com investidores avaliando o resultado da reunião do PMDB que definiu pelo rompimento com o governo.
O mercado também reagiu ao discurso da presidente do Federal Reserve (BC dos EUA), Janet Yellen, que afirmou que o órgão deve proceder “cautelosamente” com a política de elevação dos juros.
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A moeda dos EUA subiu 0,33%, vendida a R$ 3,6379.
No mês de março, o dólar acumula queda de 9,13%. No ano de 2016, a moeda recua 7,85%.
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Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, alta de 0,48%, a R$ 3,6432.
Às 9h39, alta de 0,67%,a R$ 3,6501.
Às 9h59, alta de 1,11%, a R$ 3,6662.
Às 10h20, alta de 1,16%, a R$ 3,6678.
Às 10h59, alta de 1,38%, a R$ 3,6759.
Às 11h44, alta de 1,23%, a R$ 3,6702.
Às 12h30, alta de 1,18%, a R$ 3,6687.
Às 14h, alta de 0,87%, a R$ 3,6574.
Às 15h, alta de 0,56%, a R$ 3,6462.
Às 15h30, alta de 0,44%, a R$ 3,6405.
Às 16h22, alta de 0,31%, a R$ 3,6371.
Cenário político
Segundo a Reuters, investidores apostaram que uma saída do PMDB da base do governo aumentaria as chances de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Muitos operadores enxergam que sua saída do Palácio do Planalto é um passo para a recuperação da economia brasileira. Outros, porém, ressaltam que as turbulências políticas tendem a dificultar o ajuste econômico.
Federal Reserve
“[A chefe do Fed, Janet] Yellen usou um tom mais prudente do que o mercado esperava e isso ajuda o real”, disse à Reuters o operador da corretora Intercam Glauber Romano. Em evento em Nova York, Yellen disse que os riscos globais não devem ter impacto profundo sobre os EUA mas ainda é apropriado proceder “cautelosamente” ao aumentar os juros.
O Fed vem sinalizando que pretende promover pelo menos dois aumentos de juros neste ano, o que reduziria a atratividade de ativos emergentes. A esse respeito, Yellen disse que a projeção não é um “plano”, mas depende da evolução da economia.
Ação do BC
O dólar chegou a subir com força mais cedo, após o BC vender 19.520 contratos de swap reverso, que equivalem a compra futura de dólares, dos 20 mil ofertados em leilão nesta sessão. Trata-se da quinta operação desse tipo neste mês, ferramenta que não era utilizada há três anos.
“O BC está sinalizando que quer conter a desvalorização do dólar, que vai agir quando o dólar cair demais”, disse mais cedo à Reuters o operador da corretora Correparti Ricardo Gomes da Silva, ressaltando que a fraqueza da moeda dos EUA tende a prejudicar exportadores brasileiros.
A autoridade monetária também não anunciou para esta sessão leilão de rolagem de swaps tradicionais, que equivalem a venda futura de dólares e que vão vencer em abril. Se não voltar a rolá-los, terá reposto de 67% do lote total, correspondente a 10,092 bilhões de dólares, depois de promover sete rolagens integrais consecutivas.
Para Silva, a atuação do BC tende a limitar o ritmo da queda do dólar no curto prazo, mas o mercado deve continuar testando a disposição do BC de atuar, especialmente se o cenário político continuar favorecendo esse movimento.
O recuo recente da moeda norte-americana, que também foi motivado pelo ambiente externo mais favorável, levou o BC a rever sua política de atuação no câmbio. No mês, até o pregão passado, o dólar acumulava queda de 8,05% sobre o real.
Na véspera, o dólar fechou em baixa de 1,51%, vendido a R$ 3,6257.
Fonte: G1