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Após passar a manhã e a tarde em queda, o dólar fechou em alta em relação ao real nesta segunda-feira (29), após o Banco Central anunciar leilão de linha para esta tarde e depois de a China cortar a taxa de compulsório.
De acordo com a Reuters, o cenário externo tinha nova depreciação do iuan, decepção dos investidores com a ausência de novas medidas ao fim da reunião do G20 e preocupações com a saúde da economia global. Incertezas sobre o cenário político brasileiro também sustentavam o quadro de cautela.
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A moeda norte-americana subiu 0,15%, vendida a R$ 4,0035. Em fevereiro, houve queda de 0,52%. No ano, há valorização acumulada de 1,41%.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
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Às 9h10, queda de 0,42%, a R$ 3,9805.
Às 9h30, queda de 0,05%, a R$ 3,9955.
Às 10h, queda de 0,08%, a R$ 3,9943.
Às 10h30, queda de 0,02%, a R$ 3,9968.
Às 11h10, queda de 0,89%, a R$ 3,9619.
Às 12h, queda de 0,84%, a R$ 3,964.
Às 12h40, queda de 0,54%, a R$ 3,9759.
Às 13h19, queda de 0,30%, a R$ 3,9771.
Às 13h44, queda de 0,57%, a R$ 3,9745.
Às 14h15, queda de 0,32%, a R$ 3,9847.
Às 14h54, queda de 0,4%, a R$ 3,9818.
Às 15h54, queda de 0,19%, a R$ 3,9902.
Formação da Ptax
Operadores afirmaram que o mercado estava mais sensível antes da formação da Ptax de fevereiro, taxa calculada pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais. Além disso, investidores continuavam atentos ao cenário político incerto.
“É de se esperar que o dólar não firme tendência sendo que temos um cenário externo misto e a disputa pela Ptax”, disse à Reuters o superintendente regional de câmbio da corretora SLW, João Paulo de Gracia Correa.
Cenário interno
O Barclays ressaltou em relatório que a prisão do marqueteiro João Santana, as críticas do PT ao ajuste fiscal do governo e sinais de afastamento dos movimentos sociais aumentariam as chances de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Segundo a Reuters, o mercado tem reagido positivamente à possibilidade de mudanças no governo, mas analistas ressaltam que um impeachment pode resultar em um quadro pouco favorável a reformas econômicas.
China
A decisão do banco central da China de reduzir a taxa de compulsório dos bancos pela quinta vez desde fevereiro de 2015, buscando estimular a economia, contribuía para trazer alívio ao mercado.
No entanto, a queda das bolsas chinesas e do iuan limitava o otimismo. Além disso, alguns investidores evitavam vender dólares após a reunião do G20 não resultar em estímulos concretos à economia global, que vem dando sinais de fraqueza neste ano.
Intervenção do BC
O Banco Central fará nesta tarde leilão de venda de até US$ 2 bilhões com compromisso de recompra, em operação que tem como fim a rolagem de contratos já existentes. O BC vem promovendo operações desse tipo no último pregão do mês desde novembro passado.
Até agora, o BC não anunciou o início da rolagem dos swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, que vencem em abril. O BC rolou integralmente os últimos sete lotes de swaps e a expectativa é que faça o mesmo com o lote de abril, equivalente a US$ 10,092 bilhões.
Por meio dos contratos de “swap cambial”, o BC realiza uma operação que equivale à uma venda de moeda no mercado futuro (derivativos), o que reduz a pressão sobre a alta da moeda.
Fonte: G1