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O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (26), após operar em queda pela manhã e passar a subir horas depois, chegando a superar R$ 4. A moeda reagiu a operações típicas de fim de mês relacionadas à rolagem de posições e à briga pela formação da Ptax (taxa calculada pelo BC como referência para diversos contratos cambiais).
Mais cedo, a moeda norte-americana chegou a recuar a R$ 3,9306, refletindo o avanço dos preços do petróleo, expectativas de estímulos na China e dados fortes sobre a economia dos Estados Unidos, de acordo com a Reuters.
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A moeda norte-americana subiu 1,21%, a R$ 3,9976. Na semana, a moeda caiu 0,62%. No mês, há recuo acumulado de 0,66%. No ano, a moeda tem valorização de 1,26%.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
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Às 9h10, alta de 0,3%, a R$ 3,9622.
Às 9h40, alta de 0,09%, a R$ 3,9536.
Às 10h10, queda de 0,11%, a R$ 3,9455.
Às 10h40, queda de 0,32%, a R$ 3,937.
Às 11h19, queda de 0,18%, a R$ 3,9429.
Às 11h50, alta de 0,11%, a R$ 3,9547.
Às 12h09, alta de 0,37%, a R$ 3,9648.
Às 12h30, alta de 0,79%, a R$ 3,9813.
Às 12h50, alta de 0,62%, a R$ 3,9748.
Às 13h43, alta de 1,54%, a R$ 4,0109.
Às 14h30, alta de 1,15%, a R$ 3,9955.
Às 15h410, alta de 1,08%, a R$ 3,9928.
Às 16h20, alta de 1,14%, a R$ 3,995.
“O mercado fica pouco previsível quando chega o fim do mês, a gente sabe que tem fatores como a Ptax que levam o real a se descolar dos fundamentos”, disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado à agência Reuters.
A Ptax é uma taxa calculada pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais. Operadores costumam disputar para influenciar as cotações, mais favoráveis a suas posições no final do mês.
Além disso, muitos operadores relutavam em vender dólares a cotações muito baixas, uma vez que muitos acreditam que a moeda norte-americana deve voltar a subir em meio ao cenário político e econômico conturbado no Brasil.
Essas operações levaram o real a se descolar do otimismo visto nos mercados externos. Os preços do petróleo subiam nesta sessão em meio à forte demanda por gasolina nos Estados Unidos e a expectativas de ações da Opep, apesar do excesso de oferta global.
“O apetite por risco continua”, resumiram analistas do Scotiabank em nota a clientes.
Também contribuiu para o ânimo mais cedo declarações do presidente do banco central da China, Zhou Xiaochuan, de que o país ainda tem espaço e ferramentas para estimular a segunda maior economia do mundo.
Por fim, ajudaram ainda dados mostrando que o crescimento econômico dos EUA desacelerou menos do que o inicialmente publicado no quarto trimestre. O impacto desses números era menor em mercados emergentes, já que podem abrir espaço para o Federal Reserve, banco central norte-americano, voltar a elevar os juros mais cedo do que o esperado.
Ação do BC
O Banco Central brasileiro deu continuidade ao seu programa de interferência no câmbio e concluiu nesta manhã a rolagem integral dos swaps cambiais que vencem em março, que equivalem a US$ 10,118 bilhões. O próximo lote de swaps vence em 1º de abril de 2016 e equivale a US$ 10,092 bilhões.
Por meio dos contratos de “swap cambial”, o BC realiza uma operação que equivale à uma venda de moeda no mercado futuro (derivativos), o que reduz a pressão sobre a alta da moeda.
Fonte: G1