A moeda norte-americana encerrou a sessão em queda de 1,35%, vendida a R$ 3,2183.
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Com o novo recuo, a moeda norte-americana se aproximou do patamar de R$ 3,20, alcançado pela última vez em 9 de novembro passado, quando foi divulgado que Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos.
Cenário interno e externo
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“Por enquanto está prevalecendo um cenário mais tranquilo, o que pode ser perigoso porque há muita incerteza com a posse de Donald Trump nos Estados Unidos”, disse à Reuters o economista da consultoria Tendências, Silvio Campos Neto.
Após o fechamento dos mercados, foi divulgada a ata da última reunião do Fed, em que o banco central dos EUA elevou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual. Segundo o documento, quase todos os membros do Fed entenderam que a economia pode crescer mais rapidamente por causa do estímulo fiscal sob o governo do presidente eleito Donald Trump, o que poderia exigir aumentos mais rápidos das taxas de juros.
O mercado busca mais sinalizações de como o banco central dos EUA deve se comportar no governo de Donald Trump, que assume a Presidência do país no próximo dia 20. O republicano prometeu aumentar gastos, o que pode obrigar o Fed a ser mais duro na política monetária. Juros mais altos no mercado norte-americano podem significar saída de capital de mercados mergentes, como o brasileiro
O Banco Central brasileiro não anunciou nenhuma intervenção no mercado de câmbio, estando fora desde 13 de dezembro, segundo a Reuters.
Balanço do fluxo cambial
A saída de dólares do Brasil superou a entrada em US$ 4,252 bilhões durante o ano de 2016, informou o Banco Central nesta quarta-feira. Em 2015, o país havia registrada mais ingresso do que saída de recursos, num total de US$ 9,414 bilhões.
Apenas no mês de dezembro de 2016, a saída de dólares no Brasil superou a entrada em US$ 1,087 bilhão.
O BC registrou lucro de R$ 75,6 bilhões em 2016 com as operações de intervenção no câmbio, conhecidas como contratos de “swaps”, que equivalem à compra ou venda de moeda estrangeira no mercado futuro.
Em 2015, o BC teve prejuízo de R$ 89,6 bilhões com essas operações – naquele ano, houve valorização do dólar em relação ao real.
Fonte: G1