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O dólar fechou em queda de 0,80% nesta quarta-feira (23), cotado a R$ 5,5223. O Ibovespa, principal índice da bolsa, teve alta de 0,99%, aos 135.368 pontos.
O mercado ficou mais otimista com a postura de Donald Trump após o acordo dos EUA com o Japão e a sinalização de um acerto com a União Europeia. A expectativa é que novos acordos sejam anunciados, reduzindo a aversão dos investidores aos ativos de risco.
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Sem sinais de progresso nas negociações entre Brasil e EUA, o Itamaraty condenou nesta quarta, em discurso na Organização Mundial do Comércio (OMC), as tarifas “arbitrárias” e “caóticas” anunciadas por Trump sobre produtos brasileiros, previstas para vigorar a partir de 1º agosto.
Em desabafo a interlocutores, o presidente Lula (PT) disse não haver nenhum canal de negociação direta com Trump, informou o blog do Valdo Cruz. O presidente brasileiro também declarou que, institucionalmente, há conversas no nível diplomático, mas que não chegam até a Casa Branca.
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O mercado também repercutiu os acordos anunciados por Trump com outros países. Foram três até agora. O novo acerto com o Japão, classificado por Trump como “o maior da história”, prevê uma tarifa de 15% sobre itens japoneses e a abertura dos mercados do país asiático aos EUA.
O anúncio deu fôlego às bolsas asiáticas, que fecharam em alta nesta quarta. O destaque ficou com o Nikkei, principal índice do Japão, que encerrou com um avanço de 3,5% e atingiu o maior patamar desde julho de 2024.
O indicador foi impulsionado, principalmente, por ações do setor automotivo, que também deverá ter taxas reduzidas a 15%. Os destaques foram os papéis da Toyota, que dispararam mais de 14% por lá.
Na véspera, Trump também firmou um acordo com as Filipinas, que prevê uma tarifa de importação reduzida, de 10%. Segundo o anúncio, os itens americanos não serão taxados.
No cenário interno, atenções ainda voltadas às contas públicas, após a liberação de R$ 20,6 bilhões no orçamento de 2025 pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, na véspera. O governo decidiu liberar os recursos congelados desde maio após recalcular as receitas e despesas para este ano.
Para 2025, o governo projetou um rombo de R$ 74,9 bilhões nas contas. Ainda assim, e considerando o abatimento de precatórios (R$ 48,6 bilhões) e o intervalo de tolerância do arcabouço fiscal (R$ 31 bilhões), o governo estima que a meta fiscal deste ano será atingida.
Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado.
Dólar
- Acumulado da semana: -1,17%;
- Acumulado do mês: +1,63%;
- Acumulado do ano: -10,64%.
Ibovespa
- Acumulado da semana: +1,49%;
- Acumulado do mês: -2,51%;
- Acumulado do ano: +12,54%.
Fonte: Valor