03 maio, 2024

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Dólar cai e fecha a R$ 3,65 com crise política e anúncio do BC

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O dólar fechou em baixa pelo segundo dia consecutivo nesta quinta-feira (17), retornando a R$ 3,65, com investidores apostando mais forte na eventual troca de governo após a divulgação de conversa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff.

A moeda norte-americana caiu 2,3%, vendida a R$ 3,6533 – maior queda diária desde 3 novembro de 2015 (2,39%), segundo a Reuters.

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O dólar chegou a cair a R$ 3,61 após a Justiça Federal suspender a posse de Lula como ministro-chefe da Casa Civil, mas reduziu o ritmo de queda após Banco Central anunciare que vai reduzir a intensidade das rolagens diárias de swaps cambiais – espécie de seguro comprados, por exemplo.

Os chamados contratos de swap cambial têm o potencial de tentar impedir pressões de alta da moeda norte-americana no mercado à vista. Além de atuar para impedir uma alta maior do dólar, os contratos fornecem às empresas uma proteção contra a variação do dólar, chamada de “hedge”.

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Acompanhe a cotação ao longo do dia:

Às 9h10, queda de 1,95%, a R$ 3,6659.

Às 9h29, queda de 1,84%, a R$ 3,6701.

Às 9h50, queda de 2,13%, a R$ 3,6594.

Às 10h09, queda de 2%, a R$ 3,6643.

Às 10h39, queda de 1,64%, a R$ 3,6777.

Às 11h, queda de 1,82%, a R$ 3,6707.

Às 11h19, queda de 2,16%, a R$ 3,6415.

Às 11h50, queda de 2,66%, a R$ 3,6395.

Às 12h10, queda de 2,54%, a R$ 3,644.

Às 12h30, queda de 2,41%, a R$ 3,6487.

Às 12h49, queda de 2,83%, a R$ 3,6332.

Às 12h59, queda de 3,08%, a R$ 3,6238.

Às 13h10, queda de 3,27%, a R$ 3,6168.

Às 14h39, queda de 2,38%, a R$ 3,65.

Às 15h05, queda de 2,35%, a R$ 3,6510.

Às 15h26, queda de 2,41%, a R$ 3,6489.

Às 16h08, queda de 2,58%, a R$ 3,6423.

Agravamento político

“A probabilidade de a presidente Dilma terminar o seu mandato é mínima”, escreveram analistas do corretora Guide Investimentos em relatório, segundo a agência Reuters.

A divulgação da conversa levou à interpretação de que Dilma estaria entregando o termo de posse a Lula para protegê-lo de eventual ação da operação Lava Jato, já que sua chegada à Esplanada do Ministério o tira do alcance da primeira instância em Curitiba e lhe dá foro privilegiado junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

No fim da manhã, liminar de um juiz federal suspendeu a nomeação, argumentando que a nomeação coloca em risco o livre exercício do Poder Judiciário e das atuações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que vai recorrer da decisão judicial.

Com isso, o dólar manteve a tendência de queda vista no fim da sessão passada, após subir com força no início da semana conforme crescia a expectativa de que Lula assumiria um ministério.

“A leitura é que Lula não vai conseguir evitar o impeachment e isso impulsiona os ativos brasileiros”, disse à Reuters o superintendente regional de câmbio da corretora SLW, João Paulo de Gracia Corrêa.

Para boa parte do mercado financeiro, a troca de governo poderia resultar em maiores chances de recuperação da economia e o fim da crise política.

Cenário externo

O movimento do dólar nesta sessão também vinha em sintonia com os mercados externos, onde a moeda norte-americana recuava após o Federal Reserve (BC dos EUA) projetar menos altas de juros neste ano. A manutenção de juros baixos pelo banco central norte-americano tende a favorecer ativos emergentes, que oferecem rendimentos elevados como os do Brasil.

Atuação do BC

Citando o cenário externo mais tranquilo, o BC anunciou que reduzirá a rolagem de swaps cambiais, contratos equivalentes a venda futura de dólares. A decisão veio após decisão do Fed e à menor demanda por swaps com o atual patamar do câmbio, destaca a Reuters.

Operadores entenderam que a decisão tem como fim reduzir o estoque de swaps, equivalente a cerca de US$ 110 bilhões. Essas operações tendem a gerar custos ao BC quando o dólar sobe e contribuíram para elevar a dívida bruta e o déficit nominal no ano passado.

Nesta manhã, o Banco Central realizou mais um leilão derolagem dos swaps que vencem em  abril com venda integral de 9,6 mil contratos. Até o momento, o BC já rolou US$ 6,003 bilhões, ou cerca de 60% do lote total para abril, que equivale a US$ 10,092 bilhões.

Fonte: G1

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