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O dólar fechou em queda nesta quinta-feira (2), cotado a R$ 6,16. No primeiro pregão de 2025, investidores repercutiram novos dados dos Estados Unidos e seguiram de olho no cenário fiscal brasileiro — fator que continua a pressionar os mercados.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em baixa.
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Em dia de pouca movimentação por conta das festas de fim de ano, destaque para os pedidos semanais de seguro-desemprego nos EUA, cujos números vieram abaixo das expectativas.
Também ficaram no radar do mercado os últimos dados divulgados pela China, que mostram um crescimento em ritmo menor que o esperado.
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No Brasil, investidores seguiram de olho no quadro fiscal, após o pacote de corte de gastos anunciado pelo governo em novembro de 2024 frustrar as expectativas do mercado. O cenário é de desconfiança em relação à sustentabilidade das contas públicas.
O governo precisa reduzir os gastos porque tem uma meta de zerar o déficit público — ou seja, gastar o mesmo tanto que arrecada em 2025. São as regras definidas pelo arcabouço fiscal, o conjunto de normas para controle das contas públicas.
Em termos simples, os receios do mercado financeiro em relação às contas públicas se refletem no dólar da seguinte forma:
- Sem cortar gastos, o país tem uma perspectiva menor de controle da dívida pública;
- Um país mais endividado tem uma probabilidade maior de não cumprir com seus compromissos financeiros, e se torna mais arriscado;
- Um país mais arriscado só se torna atrativo se pagar juros mais altos pelos títulos;
- Com países mais seguros pagando juros mais altos no exterior, o Brasil fica menos atrativo;
- Se o Brasil está pouco atrativo, os investidores tiram dólares do país, enfraquecendo o real.
Diante do cenário, o dólar encerrou 2024 com uma alta de 27,35% frente ao real. Foi a maior valorização anual do dólar desde 2020, quando subiu 29,36%, no contexto da pandemia de Covid-19.
Além das contas públicas brasileiras, também contribuíram para o resultado do último ano fatores externos como conflitos internacionais, a eleição de Donald Trump nos EUA e o nível de juros norte-americanos.
O Ibovespa foi impactado pelo mesmo cenário e registrou perdas de 10,36% no acumulado do ano.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
O dólar recuou 0,28%, cotado a R$ 6,1624.
Com o resultado, acumulou:
- queda de 0,50% na semana.
Na última segunda-feira (30), a moeda norte-americana fechou em baixa de 0,22%, cotado a R$ 6,1797.
Ibovespa
O Ibovespa recuou 0,13%, aos 120.125 pontos. Na mínima do dia, chegou aos 119.120 pontos.
Com o resultado, acumulou:
- perda de 0,12% na semana.
Na sexta, o índice encerrou em alta de 0,01%, aos 120.283 pontos.
Fonte: Valor