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O dólar fechou em queda de 0,78% nesta quarta-feira (6), cotado a R$ 5,4631. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, teve alta de 1,04%, aos 134.538 pontos.
O dólar e a bolsa reagiram bem na sessão de hoje porque investidores estão mais dispostos a correr risco, principalmente com o aumento das apostas de que o Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, poderá cortar os juros na próxima reunião, em setembro.
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Além disso, o mercado acompanhava de perto a entrada em vigor das tarifas de 50% impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre produtos brasileiros.
Nesta quarta, o governo formalizou o “pedido de consulta” contra as tarifas na Organização Mundial do Comércio (OMC). Em nota, o Ministério das Relações Exteriores disse que “os EUA violam flagrantemente compromissos centrais assumidos por aquele país na OMC”, mas que o Brasil está à “disposição para negociação”.
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Enquanto investidores esperam um acordo entre Brasil e EUA, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, em entrevista à agência Reuters, que só pretende ligar para Trump quando sentir que há disposição real para diálogo. Até lá, afirmou que não vai se “humilhar”.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse a jornalistas que o pacote de ajuda a setores e empresas afetados pela tarifa incluirá crédito e aumento de compras governamentais. Ele também confirmou que se reunirá na semana que vem com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent.
Ainda sobre o tarifaço, os EUA anunciaram uma tarifa adicional de 25% contra a Índia. Segundo Trump, a medida é uma retaliação ao país por continuar adquirindo petróleo da Rússia, o que, na visão do republicano, contribui para a continuidade da guerra na Ucrânia.
Entre os dados econômicos, destaque para a balança comercial brasileira de julho. O país exportou US$ 7,075 bilhões a mais do que importou (superávit), mas teve uma queda de 6,3% em relação ao registrado no mesmo mês de 2024. Os números vieram acima do esperado pelo mercado, que previam um superávit de R$ 6 bilhões.
No exterior, o foco continua no Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Investidores estão atentos à possibilidade de cortes na taxa de juros a partir de setembro e à espera da indicação de Trump para uma vaga aberta na diretoria do banco central dos EUA.
Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado.
Dólar
- Acumulado da semana: -1,47%;
- Acumulado do mês: -2,46%;
- Acumulado do ano: -11,60%.
Ibovespa
- Acumulado da semana: +1,59%;
- Acumulado do mês: +1,10%;
- Acumulado do ano: +11,85%.
Fonte: Valor