28 de novembro, 2024

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Djenane Machado, 1ª Bebel de ‘A Grande Família’, morre aos 70 anos após 3 décadas reclusa

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Morreu nesta última quarta-feira (23), aos 70 anos, a atriz Djenane Machado, conhecida por interpretar a personagem Bebel na primeira temporada da série “A grande família”. A causa da morte não foi revelada. Djenane não deixou filhos e estava afastada dos palcos e das telas desde o início dos anos 1990. Ela era filha do produtor e diretor de espetáculos musicais Carlos Machado (1908-1992), que ficou conhecido no Rio como “O rei da noite” nos anos 1950 e 1960.

Djenane estreou na TV em 1968, na novela “Passo dos Ventos”, de Janete Clair, na qual interpretou a personagem Hannah. Depois, fez outros folhetins, como “Rosa rebelde”, “A ponte dos suspiros”, “Véu de noiva” e “Assim na terra como no céu”. Fez bastante sucesso em 1971, com a personagem Lucinha Esparadrapo na novela “O cafona”, de Bráulio Pedroso, atuando ao lado de Ary Fontoura, Carlos Vereza e Marco Nanini.

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Em 1972, depois de ter feito o papel de Glorinha em “O primeiro amor”, Djenane foi convidada pela TV Globo para viver Bebel na primeira temporada de “A grande família”, série criada por Oduvaldo Vianna Filho e Armando Costa com livre inspiração no seriado americano “All in the family”. Apesar do sucesso, a atriz começou a apresentar problemas nas gravações, como inúmeros atrasos, e acabou sendo substituída por Maria Cristina Nunes na segunda temporada.

Djenane Machado em foto de divulgação do filme 'A penúltima donzela', de 1971. Foto: Divulgação
Djenane Machado em foto de divulgação do filme ‘A penúltima donzela’, de 1971. (Foto: Divulgação)

No cinema, Machado fez parte do elenco das pornochanchadas dos anos 1970, além dos filmes “Águia na cabeça” (1984), de Paulo Thiago, e “Ópera do Malandro” (1986), de Ruy Guerra. Ela também costumava participar dos musicais do pai como dançarina ou cantora. Seu último papel na TV foi Laureta, em “Novo amor”, novela de Manoel Carlos da TV Machete. A partir da morte do pai, em 1992, Djenane Machado se afastou da profissão para lutar contra o álcool e drogas.

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Em 2016, ela foi encontrada pela coluna Retratos da Vida, do Extra. Morava em um apartamento que ganhou de herança no Bairro Peixoto, em Copacabana, com uma cuidadora, e levava uma vida simples. “Djenane era uma moça bem nascida, falava vários idiomas, poetisa, inteligente. Uma pena que tenha deixado a carreira”, disse à coluna Ney Latorraca, que atuou com a atriz em “Estúpido cupido”, de 1976. Djenane chegou a revelar a vontade de escrever um livro de memórias, mas não concluiu o projeto.

Em 2016, ela foi encontrada pela coluna Retratos da Vida, do Extra (Foto: Reprodução/Extra)

Fonte: G1

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