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O diplomata venezuelano Isaías Medina, conselheiro na missão do seu país na ONU, anunciou hoje (20) que deixará seu cargo por discordar das ações do governo de Nicolás Maduro, acusando o presidente de violar os direitos humanos. Medina disse que a Venezuela deveria ser um país onde a vida, as garantias processuais e o devido processo penal fossem respeitados. A informação é da agência EFE.
O diplomata comunicou sua saída em uma carta, na qual expressou sua “divergência irreconciliável com as atuações do governo Maduro”. Medina acusa as autoridades da Venezuela de “reiteradas e sistemáticas violações aos direitos humanos” e de “crimes contra a humanidade e contra os civis durante os últimos cem dias”.
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“Sem sectarismo, (a Venezuela deveria ser um país) onde impere o Estado de direito, a honestidade, a transparência e o direito de ter opiniões diferentes. Um país livre de censuras, livre de presos políticos, com separação de poderes e alternância democrática”, explicou ele na carta de demissão.
No fim do documento, Medina diz que não recebe salários da missão da Venezuela na ONU há três meses e diz que espera que o governo pague os custos de seu retorno para o país, incluindo a passagem aérea e as bagagens, como manda a lei.
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O embaixador da Venezuela na ONU, Rafael Ramírez, condenou no Twitter a postura de Medina e a carta. “Imediatamente o substituiremos. Não nos representa. Atuou de maneira desonesta”, disse.
Fonte: Agência Brasil