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A DIG de Botucatu produziu, até o momento, mais de 2 mil páginas no processo que denúncia os envolvidos no maior crime já realizado em Botucatu, o assalto ao Banco do Brasil e outros estabelecimentos, no dia 30 de julho, quando a Cidade foi tomada por uma quadrilha especializada em assalto a bancos.
Foram mais de 2 horas de confronto entre forças policiais e cerca de 40 pessoas. Foram roubados R$ 3,5 milhões, dos quais mais de R$ 2 milhões foram recuperados. Um segundo processo complementar já está sendo produzido contra outras 15 pessoas, ainda não detidas, mas identificadas pela DIG.
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As 2 mil páginas são de depoimentos dos acusados presos, testemunhas e provas materiais recolhidas no dia do assalto no Banco do Brasil, em veículos que foram abandonados pelos criminosos e em pontos de apoio aos criminosos. Nesse documento, que será apresentado para a Justiça e Ministério Público, também consta exames periciais da Polícia Cientifica que reuniu provas de DNA, digitais dos envolvidos e até documentos que foram deixados para trás. Boa parte desses DNA veio de roupas e armamentos abandonados com sangue das vítimas feridas no confronto com as polícias civil e militar.
Até o momento, as Policias Civil e Militar, em Botucatu e São Paulo, prenderam 12 dos 40 ladrões, e já têm identificados outros 15 criminosos, que segundo o delegado Geraldo Franco, serão presos em breve, conforme investigações em andamento.
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Entre os criminosos presos e qualificados em nível de importância na quadrilha do PCC, especializada em furtos no Brasil e exterior, estão os responsáveis por armamentos, explosivos e contabilidade, conforme explicou Geraldo Franco.
“Já produzimos mais de 2 mil páginas de provas contra os 12 presos, inclusive os líderes da quadrilha que agiam em São Paulo e exterior, atacando especialmente bancos e caixas eletrônicos. Além disso, vamos apresentar à Justiça outro inquérito complementar contra 15 suspeitos que já temos identificados e ainda não foram presos. Essas provas foram obtidas com base no DNA e outras formas de reunião de provas”, afirmou o delegado Geraldo Franco, da DIG.
Geraldo Franco contou que os principais líderes da célula criminosa do PCC foram presos. Ele apontou os presos identificados como ‘Gianechini’ o ‘Grandão’, como os responsáveis, respectivamente pelas finanças e operação e planejamento da célula.
Gianechini é Tiago Tadeu Faria, que ficou conhecido por ter roubado e vandalizado uma apuração do carnaval paulistano, apontado como o responsável pelo dinheiro da célula e que foi preso em São Paulo, alguns meses depois.
Contra ele tem diversos contatos telefônicos e gravações.
Carlos Willian é conhecido como Grandão e foi o líder do grupo ferido gravemente no ataque a Botucatu.
Ele é especialista em explosivos e era o responsável pela operação da metralhadora ponto 50, de alto poder destrutivo, capaz de derrubar um avião e perfurar paredes de aço.
Contra ele, além do DNA de roupas e sangue, tem outras formas de comprovar o envolvimento no crime.
Com Haroldo Amaral