02 de janeiro, 2025

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Diabetes atinge mais de 12 milhões de brasileiros. Saiba tudo sobre a doença

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Na noite de sábado (14), o Cristo Redentor vai estar iluminado de azul. O monumento não será o único a trocar de cor em sinal de apoio ao DIA MUNDIAL DA DIABETES, uma doença que atinge mais de 12 milhões de brasileiros, segundo os últimos dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). A patologia, que tem múltiplas origens, é caracterizada pela falta de um hormônio chamado INSULINA (ou por sua incapacidade), que causa aumento das taxas de açúcar (glicose) na corrente sanguínea.

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Foto: Stockbyte/Stockbyte

TIPOS DA DOENÇA

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Existem três tipos da doença: o um, o dois e a gestacional. Este último aparece em mulheres grávidas que, por causas desconhecidas, começam a apresentar resistência insulínica, aumentando o nível de açúcar no sangue, que pode ou não continuar após o parto.

Já o TIPO DOIS tem uma ligação estreita e próxima com a OBESIDADE e o SEDENTARISMO e costuma aparecer depois dos 30 e 40 anos. De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) BALDUINO TSCHIEDEL, nestes casos, o hormônio não age adequadamente. “Existe uma resistência à ação da insulina, apesar dela continuar a ser produzida”.

O médico ainda afirma que o quadro é resultado da combinação de fatores como uma genética resistente, sobrepeso e falta de atividades físicas. O tratamento consiste em, basicamente, uma troca de estilo de vida. “A GENÉTICA NÃO SE PODE MUDAR. Aparentemente, é fácil, mas, na prática, é difícil porque o ser humano também é resistente. Tem que mudar uma alimentação que aprendemos e fazemos há anos. Você acha a saúde a partir do tratamento”, explica.

Diferentemente do segundo, o TIPO UM da diabetes costuma acometer mais as crianças e os adolescentes por se tratar de uma DOENÇA AUTOIMUNE. “Ela destrói as células pancreáticas produtoras de insulina, e o paciente se torne dependente do uso externo do hormônio”.

A complicação para as crianças com este diagnóstico é que, em geral, seus pais e irmãos não possuem a doença. “A família não sabe o que aquilo”, aponta Tschiedel. Por isso, muitos pequenos encontram dificuldades durante o tratamento, principalmente em relação às mudanças alimentares. Não é todo mundo que está disposto ou mesmo compreende a importância de rever os próprios hábitos também.

Foto: AndreyPopov/iStock

ANALISANDO OS SINTOMAS E IDENTIFICANDO A DOENÇA

Se você perceber que seu filho tem vontade de urinar diversas vezes ao dia, tem fome e sede com frequência, perda de peso, fraqueza e fadiga, fique alerta. Estes são os sintomas da diabetes tipo um.

“No tipo dois, os sinais são escassos. As pessoas podem apresentar fungos nas mãos e pés, entre os dedos, nos genitais”, fala o especialista.

Para se ter certeza, o diagnóstico é realizado por meio de teste que apura o nível de glicose que circula no sangue. “Com uma PICADA NA PONTA DO DEDO, mede-se no glicosímetro. Se estiver acima de 125 mg/dL com a pessoa em jejum, fecha-se o diagnóstico. Ou, então, mais de 200mg/dL a qualquer hora do dia”.

Além de uma DIETA EQUILIBRADA E POBRE EM AÇÚCARES, o diabético precisa praticar atividades físicas, ficar atento às feridas e a saúde bucal. É importante também estar sempre atingindo as metas glicêmicas estipuladas pelo médico que faz o acompanhamento, ou seja, o famoso controle da doença.

Se não tratada da forma correta, a patologia pode levar a complicações crônicas, cegueira adquirida, insuficiência renal crônica, amputação de membros inferiores, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral.

PREVENINDO

Tschiedel afirma que para o tipo um da diabetes não existem formas de prevenção. Já para o dois, evitar o sobrepeso e não ser sedentária é um caminho. “Quanto mais exercícios você fizer, mais chances de não desenvolver”.

Estar atento ao seu histórico familiar também faz parte. Caso você tenha parentes próximos e diabéticos (como pai, mãe e avós), a prudência deve ser maior. “Quanto mais familiares envolvidos, maiores são suas chances”.

Segundo o médico, a previsão é que, em 20 anos, cerca de 600 milhões de pessoas sejam diabéticas.

Fonte: Daquidali

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