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A maioria das pessoas não vê a demência como uma doença, mas sim como uma consequência normal do envelhecimento, de acordo com pesquisa divulgada neste sábado (21) pela Alzheimer’s Disease International (ADI), uma federação de associações que trabalham na conscientização, no combate à doença e no apoio a pacientes e famílias. Segundo a ADI, isso é um exemplo de como é preciso oferecer esclarecimento sobre o Alzheimer.
Este sábado é o Dia Mundial da Doença de Alzheimer e, durante todo o mês de setembro, são realizadas ações em todo o mundo para conscientização.
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O relatório da ADI, fruto de uma ampla pesquisa, diz que ainda existe um grande “estigma” sobre as pessoas com Alzheimer. Por exemplo, a ideia de que as pessoas que vivem com a doença são “um peso para a família”, ou para o sistema de saúde, que são pessoas “sem esperança” ou incapazes de falar por si mesmas.
O relatório afirma também que:
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- 95% dos participantes acreditam que irão desenvolver demência durante sua vida;
- 78% dos participantes estão preocupados quanto a desenvolver demência em algum momento;
- 1 em cada 4 pessoas acredita que não há nada que você possa fazer em relação a demência;
- Mais de 85% dos entrevistados que vivem com demência afirmam que sua opinião não é levada a sério;
- Cerca de 20% dos entrevistados manteriam em segredo seu diagnóstico.
Para reduzir esse estigma, as estratégias mais eficazes têm sido oferecer educação especializada sobre a demência; ter contato social com pessoas que vivem com demência; defender publicamente os direitos dessas pessoas e criar políticas públicas para essas pessoas.
Entenda, abaixo, quais são alguns dos principais sinais da doença de Alzheimer e o que pode ser feito para prevenir.
Quais os sinais da doença?
A perda de memória nos idosos faz parte do envelhecimento fisiológico. Nem todo problema de memória tem relação com Alzheimer. Especialistas explicam que é preciso diferenciar os tipos de alteração de memória e buscar ajuda médica assim que se perceber algo errado.
Existem três tipos de perda de memória:
- Tipo 1: Não resgatar – à medida que a idade avança, o cérebro torna-se mais lento para a busca de informações na memória. Este tipo de queixa é muito comum em idosos. Essa queixa não sinaliza o início de Alzheimer.
- Tipo 2: Não retomar – dificuldade para manter uma memória ‘pausada’ por curtos espaços de tempo, enquanto muda-se o foco da atenção. Também não é um tipo de perda de memória que esteja ligada ao início de Alzheimer.
- Tipo 3: Não registrar – dificuldade para formar novas memórias. Esse tipo de perda deve ser investigado.
O neurologista Andre Palmini e o cardiologista e geriatra Roberto Miranda contaram ao Bem Estar que é possível identificar o Alzheimer e reduzir os riscos e danos que a doença provoca conforme vai avançando.
Atente-se aos sinais:
- Dificuldade de memorizar coisas novas;
- Repetir várias vezes a mesma pergunta ou história;
- Sinais de desorientação (se perder na rua, metro, ônibus);
- Ter problemas para administrar o dinheiro;
- Errar receitas que sempre soube fazer muito bem.
Fatores de risco:
- A idade é o mais reconhecido fator de risco;
- A influência genética pode representar de 1% a 5% dos casos;
- O Alzheimer afeta mais as mulheres do que os homens;
- Estilo de vida: hábitos como beber em excesso, fumar, dieta rica em gordura, estresse, sedentarismo podem ser ruins para a saúde em geral, especialmente a do cérebro.
Dicas essenciais para prevenção
A primeira dica é clássica: ter hábitos saudáveis. Boa alimentação e exercícios físicos ajudam a saúde como um todo. Uma alimentação rica em folhas verdes, por exemplo, pode retardar em quase dez anos a perda de memória. Já a atividade física aumenta a formação de um tipo de proteína que ajuda a fazer as conexões entre um neurônio e outro, aumentando a capacidade das conexões e, consequentemente, da memória.
A segunda dica é: manter o cérebro ativo. Uma pessoa que leu muito ao longo da vida, teve muitos amigos, teve uma vida ativa também na idade avançada, comeu bastante folhas verdes, não tem diabetes, depressão, tem grandes chances de ter uma memória boa e risco mais baixo de ter Alzheimer.
Estudos mostram que a pessoa começa a dar sinais de Alzheimer de 10 a 15 anos antes do diagnóstico da doença. Apesar de não ter cura, o diagnóstico no início pode ajudar a retardar a progressão da doença. Por isso, é preciso ficar atento aos sinais.
Fonte: G1