26 de novembro, 2024

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Desfalcados, IMLs de Botucatu e Avaré revezam para não fechar

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Com desfalque de funcionários, as unidades do Instituto Médico Legal (IML) em Botucatu e Avaré têm revezado plantões aos finais de semana para não fechar. Sem funcionários o suficiente, as unidades se alternam para manter o serviço sem interrupção a semana toda. Situação que tem gerado consequência negativa em outros serviços, como o de transporte e da liberação de corpos para funerais, quando há necessidade de necropsia. Isto porque é preciso uma viagem de cerca de 80 quilômetros entre uma cidade e outra quando a morte ocorre no município, no sábado ou domingo, em que a unidade está fechada.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP) não nega o desfalque, mas diz que os remanejamentos são feitos por questão logística, com o objetivo de garantir o atendimento e otimizar a necropsia. Segundo o JC apurou, ambos os IMLs estariam funcionando com apenas três equipes, compostas só por um médico e um auxiliar de necropsia. Para funcionar todos os dias da semana, o IML precisaria de 5 equipes.

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Médicos dessas unidades estariam trabalhando com escala de 24 horas. “Não existe mais o 12h por 36h. É um déficit que afeta toda a Polícia Científica e Civil. Acho que o último concurso para o IML foi em 2016 ou 2013”, cita um trabalhador. Só os serviços emergenciais, como exames clínicos em casos de embriaguez ao volante e violência sexual, têm sido atendidos nas duas cidades aos finais de semana, independentemente de haver ou não equipe de plantão. Isto ocorre porque esses trabalhos seriam mais simples que a necropsia e as unidades são abertas se há demanda por médicos que ficam com a chave. Em Itapeva, a unidade do IML teria sido fechada recentemente, porque havia apenas uma equipe na ativa. Hoje, a demanda é absorvida por Avaré.

CONTRATAÇÃO

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Em nota, a superintendência da Polícia Técnico-Científica diz que as unidades funcionam regularmente. “A escala de trabalho é organizada de forma a garantir o atendimento à população e respeitar a legislação vigente. Os remanejamentos são feitos por uma questão logística, com o objetivo de otimizar a necropsia e a liberação dos corpos”, cita o órgão, que também afirma que não procede a informação de que há funcionários trabalhando além da carga horária.

O Estado diz que investe no reforço do efetivo e que, em março, foram nomeados 449 novos policiais técnico-científicos, sendo 51 médicos legistas, 240 peritos criminais, 128 fotógrafos e 30 desenhistas técnico-periciais, que serão distribuídos no Estado. “Além disso, o governador João Doria autorizou novo concurso para contratar mais 189 novos médicos legistas”, finaliza.

Fonte: JCNet

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