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A arqueóloga Emma Maayan-Fanar, da Universidade de Haifa, encontrou uma pintura de ao menos 1,5 mil anos que retrata o rosto de Jesus. A descoberta foi realizada nas ruínas de Shivta, uma antiga cidade agrícola construída pelo Império Bizantino e que está localizada no deserto de Negev, ao sudoeste do território israelense. A informação é da revista Galileu.
A pintura já havia sido relatada por arqueólogos na década de 1920, mas seu estado de conservação estava muito ruim e não despertou a atenção dos pesquisadores. A importância do desenho, que foi achado na ruína de uma pia batismal, foi resgatada pelo olhar cuidadoso de Maayan-Fanar: acompanhada de seu marido, que é fotógrafo profissional, ela realizou os registros detalhados das imagens encontradas nas ruínas de Shivta. Para facilitar a visualização da pintura, os cientistas divulgaram a imagem com um contorno em linhas pretas.
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Apesar de simples, o desenho carrega grande importância histórica por ser uma das primeiras representações de Jesus já encontradas. De acordo com os arqueólogos da Universidade de Haifa, a pintura retrataria o momento em que um jovem Jesus é batizado por seu primo, João Batista.
Ela contrasta com a iconografia cristã representada nos últimos séculos: com cabelos encaracolados e ar jovial, a figura retratada na pia batismal da igreja corresponderia a um retrato mais próximo do homem que nascera na Galileia. Nos Evangelhos presentes na Bíblia cristã, não há a descrição física de Jesus.
Fundada no século 2, a cidade de Shivta foi abandonada em meados dos anos 800, quando a ascensão do Islamismo no Oriente Médio provocou mudanças políticas, econômicas e sociais na região. De acordo com os arqueólogos da Universidade de Haifa, a cidade contava com ao menos três igrejas cristãs.
Fonte: Yahoo!