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Josias se tornou rei de Judá aos 8 anos, após o assassinato do pai, o rei Amom, e reinou por 31 anos, a partir entre 640 e 609 AC. Ele é mencionado na genealogia de Jesus no Evangelho de Mateus, um dos quatro canônicos da Bíblia.
Segundo relato bíblico, Josias foi morto pelo faraó egípcio Neco II na região de Tel Megiddo, que os gregos traduziram como Harmagedon, levando ao termo moderno, Armagedom (o local da batalha final apocalíptica entre o bem e o mal que precede o nascimento de um novo mundo).
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Mas a narrativa de Mateus não tinha evidências arqueológicas. Até que um recente estudo liderado pela Universidade Ben Gurion, de Israel, mudou tudo.
Escavações revelaram provas de uma presença egípcia no local durante o tempo do rei Josias.
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“Nossas escavações recentes perto do bairro administrativo de Megido revelaram os restos de uma grande estrutura datada do final do século VII AC. Dentro deste edifício, encontramos grandes quantidades de vasos de cerâmica crua e temperada com palha importados do Egito, bem como alguns vasos da Grécia Oriental”, afirmou Assaf Kleiman, coautor do estudo, segundo o jornal “The Times of Israel”. “A descoberta foi uma grande surpresa para nossa equipe”, emendou ele.
Israel Finkelstein, outro membro da equipe de arqueólogos, completou:
“A cerâmica grega é geralmente considerada como representando mercenários gregos. De fontes como Heródoto e o rei assírio, Assurbanipal, sabemos que os gregos da Anatólia serviram como mercenários no exército egípcio. Este cenário pode estar ligado ao relato bíblico sobre a morte do rei Josias de Judá pelo faraó Neco em Megido em 609 AC.”
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A Bíblia relata a morte de Josias em Megiddo em duas oportunidades.
“Ele é morto por Neco II durante um encontro em Megido no Livro dos Reis, e morto numa batalha com os egípcios no Livro das Crônicas. Reis dá evidências próximas de tempo real, enquanto Crônicas representa pensamentos de séculos depois. Nesse contexto, a nova evidência de uma guarnição egípcia, possivelmente com mercenários gregos, em Megido no fim do século VII AC, pode fornecer o contexto para o evento”, disse Finkelstein.
“O Livro das Revelações no Novo Testamento se refere a uma batalha escatológica entre as forças de Deus e as forças do mal no Armagedom. Talvez a ideia teológica por trás disso seja que um salvador da linhagem de Davi retornará no lugar onde o último e mais justo Rei davídico Josias morreu”, observou Finkelstein, representante das universidades de Haifa e Tel Aviv.
O motivo da morte de Josias ali continua sendo um tópico de debate. Alguns alegam que ele e suas forças obstruíram a marcha de Neco II para a Síria com seu exército. Outros argumentam que ele foi convocado como vassalo e executado por não pagar tributo suficiente ao Egito.
Josias, frequentemente chamado de o último bom rei de Judá, é retratado como um reformador religioso na Bíblia, pondo fim à adoração de qualquer deus, exceto Yahweh.

Fonte: Extra