25 de novembro, 2024

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Desastres causados por mudança climática custaram US$ 100 bilhões em 2018

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Os desastres provocados pelas mudanças climáticas custaram às nações pelo menos US$ 100 bilhões em 2018, alertou uma agência britânica nesta quinta-feira, advertindo que a série de incêndios florestais, enchentes e supertempestades seriam uma “sombra” do que acontecerá se as emissões de gases do efeito estufa não forem reduzidas.

Este ano deverá ser o quarto mais quente já registrado e, à medida que os níveis de carbono e metano na atmosfera continuarem aumentando, eventos climáticos extremos, como os devastadoras incêndios que destruíram áreas da Califórnia, provavelmente se tornarão muito mais comuns.

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O ano de “2018 mostrou a ameaça catastrófica que a mudança climática representa para o mundo. E isso é apenas uma sombra do que virá se as temperaturas continuarem subindo”, disse Kat Kramer, líder climática global da organização religiosa de assistência Christian Aid.

Sua equipe elaborou uma lista de 10 desastres ligados ao clima e usou dados de código aberto, estimativas oficiais e avaliações de empresas de seguros para determinar o custo de cada um.

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No topo da lista estavam os furacões Florence e Michael, que causaram danos estimados em US$ 17 bilhões e US$ 15 bilhões, respectivamente.

“A única resposta é que haja esforços globais imediatos para reverter o aumento das emissões, para colocar o mundo a caminho da neutralidade de carbono até a metade do século”, disse Kramer à AFP.

Os compromissos assumidos nas negociações da COP24 realizada na Polônia neste mês colocam a Terra no caminho para um aquecimento de 3ºC, considerado perigoso por especialistas.

Em 2018 houve pelo menos um grande desastre induzido pelo clima em cada continente habitado da Terra.

A Christian Aid descobriu que quatro eventos – incluindo os incêndios na Califórnia, a seca no sul da Europa e as inundações no Japão – custaram pelo menos US$ 7 bilhões cada.

“As inundações, secas, ondas de calor, incêndios e tempestades sem precedentes que vimos nos últimos anos são o rosto da mudança climática”, disse Michael Mann, professor de Ciências Atmosféricas da Penn State University.

“O clima do mundo está se tornando mais extremo diante de nossos olhos. A única coisa que pode impedir que essa tendência destrutiva se intensifique é uma rápida queda nas emissões de carbono”, acrescentou.

A Christian Aid disse que as estimativas de danos provavelmente são muito menores do que o custo real da maioria dos desastres, já que muitas vezes só mostraram perdas seguradas e não incluíram a perda de produtividade associada a negócios e residências fechadas ou danificadas.

 

Fonte: Yahoo!

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