13 de janeiro, 2025

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Desaparecimento de idosa em excursão a Aparecida é mistério para família desde 2012

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A busca pela resposta à pergunta “onde está Beatriz Winck?” vem sendo combustível para o filho dela, João Winck, que há praticamente nove anos faz buscas após o desaparecimento dela na cidade de Aparecida (SP). Apesar de não haver nenhuma pista concreta neste período, ele não deixou de acreditar na possibilidade de reencontrá-la.

“Eu não sinto que minha mãe morreu. Com tudo o que nós fizemos, se ela tivesse morrido alguém teria dito algo. Para mim ela está na casa de alguém sem memória. Mas que ela está viva, está viva”, conta ele em entrevista.

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“Conversei com autoridades e conversei com marginais, pessoas que eu nunca imaginei que fosse conversar”, conta. Mesmo sem pistas, João Winck encontrou palavras de conforto de onde menos esperava durante as buscas.

“Me disseram algo interessante [ao conversar com marginais]: ‘mãe pra nós é algo sagrado, ninguém faz mal para mãe de ninguém’. Isso me deu uma força interna que foi muito importante. Acabavam se abrindo e tentando me ajudar,” relembra o filho.

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No dia 21 de outubro de 2012 a idosa – que na época tinha 77 anos – fazia uma excursão para Aparecida quando decidiu visitar o Santuário Nacional com o marido. O casal passou por uma loja de presentes, mas Beatriz decidiu sair da fila para esperar o marido do lado de fora da loja. Desde então, ela nunca mais foi vista pela família.

O sumiço em excursão a Aparecida que é mistério para família desde 2012 — Foto: Arquivo Pessoal
O sumiço em excursão a Aparecida que é mistério para família desde 2012 (Foto: Arquivo Pessoal)

“Ela desapareceu à tarde. Meu pai achou que ela tinha ido pra sombra, mas procurou e não encontrou mais. Ele ligou para o meu cunhado, que é policial, e contou o que aconteceu. À noite meu pai me ligou dando a notícia e, na segunda-feira pela manhã, peguei o primeiro voo para São Paulo e fui pra Aparecida ajudar nas buscas, que começaram no domingo à noite”, relembra João.

Logo no dia seguinte ao desaparecimento, João começou a liderar as buscas. “Fizemos panfletos e distribuímos em hospital, asilo, debaixo da ponte e em todo lugar que você puder imaginar em um raio de 100 quilômetros de Aparecida”.

Idosa desapareceu durante visita ao Santuário de Aparecida — Foto: Reprodução/RBS
Idosa desapareceu durante visita ao Santuário de Aparecida (Foto: Reprodução/RBS)

A polícia investigou o caso, mas não conseguiu encontrar rastros do desaparecimento de Beatriz.

A família chegou a divulgar uma foto que simula como ela poderia estar atualmente (veja abaixo).

Caso Beatriz Winck:  foto simula como ela poderia estar atualmente — Foto: Reprodução
Caso Beatriz Winck: foto simula como ela poderia estar atualmente (Foto: Reprodução)

Tentativa de golpes

Apesar de pessoas tentando ajudar, ele também encontrou quem tentasse tirar proveito da dor da família. Ele e o pai já foram vítimas de várias tentativas de golpes.

“Tenho amigos policiais e sempre peço ajuda pra eles. Consegui montar uma rede de amigos bem interessante na região. Já teve gente me pedindo R$ 4 milhões para dizer onde estava minha mãe, era um vigarista preparado. Já apareceu de tudo, mas nunca caí em nada dessas tentativas de golpe. Com o tempo tu logo vê a vigarice”, explica.

Campanha

Para ajudar nas buscas a família criou uma página na internet que conta com mais de 20,5 mil seguidores.

“Algumas pessoas entraram em contato comigo e já me passaram várias pistas, mas nenhuma delas concreta. Acharam que viram a minha mãe em um asilo lá em Natal, no Rio Grande do Norte, mas nada. Faltam que a viram em Paraty, mas nada também. Até agora nenhuma pista concreta”, lamenta o filho.

Apesar da falta de informações sobre a mãe, João Winck conseguiu ajudar outras famílias durante as buscas. Segundo ele, uma rede de pessoas com familiares desaparecidos ajuda uns aos outros e várias pessoas foram encontradas graças à solidariedade entre eles.

“Me bate uma alegria quando ajudo alguém a encontrar um familiar. Sei que um dia vou ajudar alguém e a próxima pessoa a ser encontrada vai ser minha mãe”, disse.

Com a esperança de encontrar a mãe, João já sabe até quais novidades vai contar para a Beatriz na volta para a casa, no Rio Grande do Sul.

“Mudou tudo na minha vida. Ela perdeu o casamento da neta e perdeu o nascimento de outra neta. Houve muitas transformações, eu me mudei de cidade, meu pai teve dois AVCs e retirou um tumor. Tem muita coisa para contar para ela, resta conseguir encontrar”, disse.

Fonte: G1

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