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André Jardine está cada vez mais pressionado no cargo de técnico do São Paulo. A derrota por 2 a 0para o Talleres, na Argentina, gerou mais questionamentos, mas não culminará na imediata demissão do treinador, bancado pelo diretor-executivo de futebol Raí.
O dirigente disse que a tendência é Jardine ter “bastante tempo para trabalhar”, em se tratando de início de temporada. Por outro lado, foi incisivo ao mostrar toda sua decepção com o desempenho do Tricolor nestes primeiros jogos de 2019 e cobrou uma evolução urgente.
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Também falou em conversar com elenco e comissão técnica no CT da Barra Funda. O treino desta quinta-feira, aliás, será fechado à imprensa, algo que não estava previsto na programação inicial.
“Continuo acreditando no estilo dele, no trabalho, nos resultados. Obviamente está bem abaixo do que a gente esperava até agora, mas acredito no trabalho dele, no trabalho do dia a dia, no poder dele de mobilizar. Eu conversei agora com a comissão técnica acreditando que vai ter resultado”, disse Raí, na zona mista do Estádio Mario Kempes.
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Os resultados, de fato, não são bons neste início de trabalho. Efetivado em novembro do ano passado, o gaúcho de 39 anos tem um aproveitamento de apenas 35% dos pontos disputados. Em 13 jogos à frente do São Paulo – contando a Copa Flórida -, contabiliza quatro vitórias, dois empates e sete derrotas.
Internamente, Jardine divide opiniões: ao mesmo tempo em que recebe críticas, tem o momentâneo respaldo de Raí e do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, dois de seus principais entusiastas. Em contrapartida, há quem peça um nome de maior experiência no cargo de técnico.
O certo é que uma eventual eliminação na próxima quarta-feira, sobretudo se o time não mostrar evolução, pode aumentar a pressão de torcida e dirigentes por uma troca no comando, deixando a situação de André Jardine insustentável no clube.
Para piorar, a sequência de jogos não é nada simples. Antes de encarar a volta contra o Talleres, a provável equipe reserva visita a Ponte Preta, neste sábado, em Campinas, pelo Campeonato Paulista. Depois da decisão pela Libertadores, o compromisso será o clássico diante do Corinthians, em Itaquera.
Em entrevista coletiva, ao ser indagado se o duelo da próxima quarta seria um divisor de águas em seu futuro no Tricolor, Jardine desconversou: “É um jogo decisivo para o São Paulo e para as pretensões que todos têm. A Libertadores é uma grande prioridade do clube, do grupo, da direção, meu, da torcida. É o dia de a gente se mobilizar e entregar tudo o que pode neste momento”.
Questionado se estava se sentindo pressionado, André Jardine falou que a principal cobrança parte de si próprio. “Time grande é pressão sempre. Não existe um dia sequer que a gente não se pressione para fazer o melhor, em busca dos resultados. A gente convive com pressão, principalmente a interna nossa, que a gente entende ser capaz de entregar ao clube”, afirmou.
Para sobreviver na Libertadores e amenizar a pressão sobre Jardine, o São Paulo precisa vencer o jogo de volta por três gols de diferença. Caso devolva o 2 a 0, a vaga será definida nos pênaltis. Mas se sofrer um gol, terá de marcar quatro vezes para avançar na competição.
Fonte: Yahoo!