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A Câmara dos Deputados do Chile aprovou nesta quarta-feira (27), por unanimidade, reduzir em 50% o salário das autoridades mais altas do estado. Isso inclui o presidente, os ministros, subsecretários, governadores e os próprios parlamentares.
Essa era uma das promessas do presidente Sebastián Piñera (foto), que tenta conter as manifestações que ocorrem no Chile há cerca de 40 dias (leia mais no fim da reportagem). Para entrar em vigor, o projeto deve passar pelo Senado.
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Um deputado chileno ganha por volta de nove milhões de pesos chilenos, equivalente a cerca de R$ 48 mil.
A decisão não vale para prefeitos e integrantes dos Judiciário. Funcionários do Ministério Público também não sofrerão cortes de salários, caso o Senado também aprove a medida.
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Segundo a imprensa chilena, a medida tem caráter transitório e não cortará os benefícios extras dos parlamentares. Ainda assim, os deputados acreditam que a decisão atendem, ao menos em parte, as demandas dos protestos no Chile.
Também nesta quarta-feira, o presidente Piñera pediu urgência aos parlamentares para que aprovassem uma série de leis para conter a violência nos protestos — entre elas, a que proíbe a participação de manifestantes encapuzados ou mascarados; e a que permite o uso de militares para proteger o patrimônio público sem a decretação do estado de emergência.
Protestos no Chile
Em meados de outubro, manifestantes começaram a protestar contra o aumento no preço das passagens de metrô em Santiago. Após as cenas de violência, as manifestações se converteram em um movimento contra a classe política em todo o Chile.
Estima-se que 26 pessoas morreram e milhares ficaram feridas nos confrontos com a polícia — inclusive dezenas de manifestantes tiveram sérios danos à visão, e um deles ficou completamente cego.
Na noite de terça para quarta-feira, uma série de saques e incêndios durante os protestos voltou a preocupar as autoridades chilenas. Manifestantes chegaram a atear fogo em um hotel da cidade de La Serena e nas instalações de um jornal perto de Valparaíso — cidade portuária que é a sede do Legislativo.
Fonte: G1