26 de novembro, 2024

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Denúncias de abusos contra pediatra causam escândalo na Argentina

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Testemunhos públicos de quatro vítimas de abuso sexual contra um médico pediatra que trabalhou durante décadas em uma das escolas mais conceituadas da Argentina provocaram um escândalo, que reacendeu o debate sobre o abuso de menores.

Ao menos 26 vítimas apontam o pediatra como o autor dos abusos cometidos entre 1978 e 2011.

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Nesta quarta-feira (9), quatro vítimas relataram ao canal de notícias TN os exames invasivos realizados pelo médico Alberto Cirulnik, um caso que veio à tona em meados de dezembro, quando três jovens o denunciaram à Justiça e pediram sua prisão.

Depois, outras vinte pessoas também o acusaram, a maioria por casos ocorridos na prestigiosa escola ORT da comunidade judaica, onde o acusado foi médico por mais de 20 anos. Ele também atendia em um consultório particular e em um plantão hospitalar 40 anos atrás.

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Em dezembro passado, Cirulnik foi denunciado à Justiça por abuso sexual e corrupção de menores por dois rapazes e uma mulher, Malena Filmus, hoje com 28 anos, filha do ex-ministro da Educação e ex-senador Daniel Filmus, por atos ocorridos há 14 anos.

As vítimas decidiram recorrer à Justiça, depois que veio à tona a acusação de estupro contra um ator popular, feita por uma colega de elenco. Os abusos teriam ocorrido quando ela era menor, durante uma turnê pela Nicarágua.

“Não sabemos se é pediatra”

Depois das primeiras denúncias, a Sociedade Argentina de Pediatria (SAP) condenou essas práticas em um comunicado.

“Não sabemos se o doutor Cirulnik realmente é pediatra, mas certamente não é, nem nunca foi, membro da nossa instituição”, informou a SAP.

Darío Schvartz, de 34 anos, contou que seus pais eram muito amigos do casal Cirulnik e ele, amigo de um de seus filhos e que o médico era seu pediatra.

“Aos 8 anos, Cirulnik me levava para deitar, me fazia massagens para que relaxasse e manipulava meu pênis. Isso se repetia no clube, na casa dele… Além disso, me pedia que eu fizesse nele as mesmas massagens”, contou Schvartz.

Mariana López, hoje com 51 anos, tinha 10 anos em 1978, quando a levaram a um hospital com febre alta e dor de garganta. O médico que a atendeu examinou-lhe a garganta, os gânglios e os genitais. Depois ela soube que se tratada de Cirulnik.

“Não usava luvas, me lembro perfeitamente. Eu sentia muita vergonha e não entendia o que ele fazia. Pediu à minha mãe que nos deixasse sozinhos”, contou ela à TN.

Federico, de 22 anos, disse ter sido abusado em 2011 pelo médico quando estudava na ORT.

A estas denúncias, somou-se à de um sobrinho do médico, Gabriel, que hoje tem 44 anos e mora em Nova York. Ele contou que quando tinha 10 anos, seu pai morreu em um acidente de carro e que Cirulnik se tornou uma espécie de figura paterna e de confiança que abusava dele.

 

Fonte: Yahoo!

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