07 de julho, 2025

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Denúncias contra João de Deus envolvem vítimas de 9 a 67 anos, diz MP

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Levantamento feito pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) apontou que a idade das mulheres que entram em contato com o órgão por e-mail denunciando que foram abusadas pelo médium João de Deus varia entre 9 e 67 anos. Ele foi indiciado por um caso de violação sexual mediante fraude e está preso no Núcleo de Custódia em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Defesa nega as acusações e tenta a solturadele.

O promotor Luciano Miranda contou que o MP-GO recebeu 596 e-mails entre denúncias, agradecimentos de vítimas, reclamações e até mensagens de apoio ao médium. Analisando os textos, o órgão levantou que há 255 vítimas em potencial. Dessas, 121 informaram as idades que tinham quando se sentiram abusadas.

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“Foram identificados nesses e-mails recebidos que as vítimas tinham, na época dos abusos, de 9 anos até 67 anos”, contou.

  • 9 a 14 anos – 23 vítimas
  • 15 a 18 anos – 28 vítimas
  • 19 a 67 anos – 70 vítimas

Desses 255 casos, o MP-GO acredita que 112 prescreveram. O promotor explicou que esses casos ocorreram há mais de dez anos, mas que ainda é importante que as vítimas denunciem.

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“Já vimos possibilidade de prescrição de 112 crimes. Isso porque ele [João de Deus] tem hoje mais de 70 anos e o prazo de prescrição corre pela metade, portanto não 20 anos como prevê a lei, mas sim 10. Mesmo assim, é imprescindível que todos sejam ouvidos porque valem como prova e vemos semelhanças nesses relatos para dar mais consistência aos casos”, afirmou

Os promotores pretendem ouvir João de Deus ainda na semana que vem e denunciá-lo em seguida. Junto com o inquérito já fechado pela Polícia Civil, o órgão deve juntar outros casos recentes, ainda deste ano.

“Além do inquérito da Polícia Civil, o MP pretende agregar outros três fatos: dois crimes de violação sexual mediante fraude e um de estupro de vulnerável”, explicou Luciano.

Segundo o promotor, o MP recebeu denúncias de vítimas que teriam sido abusadas em ambientes públicos. Com isso, o órgão vai investigar a existência de testemunhas.

“Há relatos de abusos em ambientes coletivos, mas isso será também objeto de investigação”, afirmou.

Situação atual

  • Médium é investigado por estupro, estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude;
  • Ministério Público recebeu 596 relatos de abusos sexuais e identificou 255 vítimas;
  • Polícia Civil colheu depoimentos de 16 mulheres. Um inquérito foi concluído e há oito em andamento;
  • Em operações em endereços ligados a ele foram achadas armas, pedras preciosas e mais de R$ 400 mil;
  • Justiça também decretou a prisão do médium por posse ilegal de armas de fogo;
  • Há relatos de supostas vítimas de seis países e vários estados brasileiros;
  • MP e polícia também querem apurar denúncia de lavagem de dinheiro;
  • Não há pedido para suspensão do funcionamento da Casa Dom Inácio de Loyola.

 

Fonte: G1

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