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Prisão preventiva foi efetuada pela Polícia Civil após denúncias de uma adolescente oncológica de 16 anos e uma mulher de 29 anos; profissional já estava afastado desde março.
A Polícia Civil de Botucatu prendeu, na noite de segunda-feira (5), um dentista de 47 anos, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Unesp (HCFMB), alvo de investigação por abusos sexuais cometidos contra duas mulheres em contextos distintos dentro da unidade hospitalar.
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Agentes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) cumpriram a ordem de prisão preventiva emitida contra o profissional de saúde, que já havia sido afastado de suas funções desde o final de março. A decisão foi tomada após relatos considerados graves e consistentes, apurados em conjunto com a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Botucatu.
O delegado seccional Dr. Lourenço Talamonte confirmou a detenção e reforçou o compromisso da Polícia Civil com a proteção das vítimas e a apuração rigorosa dos fatos.
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Adolescentes e acompanhantes relataram toques e investidas indevidas
A primeira denúncia foi feita em 27 de março por uma adolescente de 16 anos, paciente oncológica do HCFMB. Segundo o boletim de ocorrência, ela teria sido levada pelo dentista do leito de internação até o consultório odontológico, onde teria ocorrido o abuso. As imagens de segurança confirmam o trajeto e o tempo de permanência na sala — aproximadamente 20 minutos.
A vítima relatou que o profissional tentou beijá-la à força e tocou seu corpo por cima das roupas. Após contar o ocorrido ao pai, a jovem foi transferida para outra unidade hospitalar. A denúncia resultou em sindicância interna no hospital.
Pouco depois, uma mulher de 29 anos relatou à DDM que, em outubro de 2024, foi abordada pelo mesmo profissional enquanto acompanhava sua avó em tratamento. Ele a levou até o consultório com o pretexto de buscar documentos e, segundo o relato, tentou segurá-la pela cintura. A mulher afirmou já ter percebido comportamentos estranhos durante atendimentos anteriores.
HCFMB e Famesp afastaram profissional e colaboram com as investigações
Em nota oficial, o Hospital das Clínicas da Unesp e a Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar (Famesp) informaram que, ao tomarem conhecimento dos fatos, adotaram todas as medidas administrativas e judiciais cabíveis, incluindo o afastamento imediato do dentista.
As instituições também afirmaram estar colaborando integralmente com as autoridades policiais e reiteraram o repúdio a qualquer forma de abuso, assédio ou violência nas dependências hospitalares.
