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Alex Barros voltou às pistas no último domingo aos 46 anos de idade, e não fez feio: foi segundo colocado na primeira etapa do campeonato nacional de Superbike. O piloto paulistano é o grande nome da história do Brasil no Mundial de Motovelocidade, entretanto, é também o último piloto do país a disputar uma prova na MotoGP, há exatos dez anos. Amante do esporte que o projetou ao estrelato mundial, Barros disse em entrevista ao GloboEsporte.com que tem como objetivo ajudar o Brasil a ter novamente um representante na categoria mais importante das duas rodas.
– Há cinco anos tenho um projeto de desenvolvimento de jovens pilotos, em parceria com a Estrella Galicia e a Honda. Não é com uma varinha mágica que vou fazer aparecer um moleque na MotoGP, é um processo que leva dez anos. A Espanha investe na base há 35 anos, todo mundo vai pra lá, é a referência, por isso o grid está cheio de espanhóis – comentou.
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O Brasil foi sede de uma etapa do Mundial de Motovelocidade entre 1987 e 1989 em Goiânia, 1992 em São Paulo e de 1995 a 2004 no Rio de Janeiro. Com o fim do Autódromo de Jacarepaguá, que deu lugar ao Parque Olímpico, o país perdeu sua sede natural para a realização das corridas de motovelocidade. Ativo na tentativa de trazer a MotoGP de volta ao Brasil, Alex comentou sobre a necessidade de ter um piloto nativo no grid para conseguir viabilizar a corrida.
– Nosso sonho é trazer a MotoGP para o Brasil, mas quem vai assistir? No primeiro ano vai, e depois, se não tiver um brasileiro disputando? Eu duvido, não é só no Brasil, já vi esse filme em outros países. O público em geral, não o fanático, precisa de um ídolo para se identificar. Quando eu estava no Mundial, tinha até revista na banca – afirmou.
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Se um piloto brasileiro ainda não está no radar da MotoGP, Franco Morbidelli, filho de mãe brasileira parece estar cada vez mais próximo da categoria rainha das duas rodas. “Franky”, como é conhecido pelos fãs, é italiano de nascença, mas faz questão de carregar as cores da bandeira do Brasil no capacete. Vencedor das três primeiras etapas da Moto2 em 2017, Morbidelli já é cotado para subir à MotoGP no ano que vem. Barros não duvida disso.
– O Franco tem tudo para dar certo. Foi muito difícil para chegar onde está, ele nunca teve condições, sempre teve apoio de muita gente para seguir na carreira. O pai faleceu há cinco anos, não foi fácil, o menino é um herói, teve que trabalhar muito para conseguir as oportunidades. Nada caiu do céu, ele é merecedor – finalizou.
Fonte: G1