Anúncios
Curaçao se antecipou a Aruba e propôs, nesta quinta-feira (9), à Venezuela reabrir a fronteira comum em 3 de abril, depois de quatro anos de fechamento.
Estas ilhas, que fazem parte do reino da Holanda, mas têm autonomia, negociavam em bloco a retomada das conexões.
Anúncios
Mas, depois que as conversas não avançaram durante uma reunião em 31 de janeiro, Curaçao deu um passo adiante.
Durante um conselho de ministros, ficou decidido “propor à Venezuela a reabertura das fronteiras marítima e aérea na segunda-feira, 3 de abril”, diz um comunicado.
Anúncios
“Os detalhes técnicos serão discutidos entre Curaçao e Venezuela, se esta estiver de acordo com a data proposta pelo governo de Curaçao”, acrescentou.
O chanceler venezuelano, Yvan Gil, saudou esta “decisão que contribui para o desenvolvimento econômico, a interação social e o fortalecimento de nossos laços históricos”.
Em fevereiro de 2019, o governo venezuelano ordenou o fechamento da fronteira para impedir a entrada por mar de ajuda humanitária em meio à crise social reinante.
Curaçao servia de centro de triagem dessa assistência, em um momento de escassez severa de medicamentos e de uma hiperinflação que dificultava a vida dos venezuelanos. Dois cargueiros que seguiam para a Venezuela ficaram fundeados na ilha diante da possibilidade de ataques da Marinha venezuelana se entrassem em suas águas soberanas.
O governo venezuelano, por sua vez, afirmava que essa assistência era parte de um plano externo de invasão para derrubá-lo.
Recentemente, a Venezuela manifestou à Holanda a sua “vontade” de reabrir as fronteiras com seus territórios no Caribe, mas, por enquanto, as conexões aéreas permanecem fechadas bilateralmente.
Aruba, por outro lado, deseja um processo mais gradual. Seu primeiro objetivo é retomar a conexão marítima de cargas para “importar produtos da Venezuela a um preço mais baixo” e “combater o alto custo de vida”, indicou a primeira-ministra, Evelyn Wever-Croes, em um comunicado difundido no fim de semana.
Aruba vive do turismo, principalmente dos Estados Unidos, e é um país extremamente caro: alimentos importados, aluguéis, gasolina… e as importações da Venezuela podem ajudar.
“A ilha está disposta à reabertura da fronteira marítima sob condições estritas”, mas “não está pronta” para abrir o trânsito aéreo de forma segura, frisou.
Fonte: Yahoo!